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Luciano Huck e Harari
Foi uma surpresa extremamente agradável. De repente, depois de entrevistar o líder comunitário Douglas Pinheiro, de São Gonçalo(RJ), o apresentador Luciano Huck levou à cena o escritor israelense Yuval Noah Harari, que esteve recentemente no Brasil. Foi sabatinado por uma série de pessoas, de profissões diferentes. No fundo todos queriam saber como será o futuro, especialmente no campo do trabalho.
Harari é um estudioso do futuro da humanidade. Falou para 3 mil pessoas no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e foi muito aplaudido. Ele traça um perfil otimista sobre o que será o mundo daqui a 20 anos, embora não se saiba exatamente o que vai ocorrer. Seus conselhos são preciosos: “Não proteja os empregos, proteja as pessoas.”
Vivendo numa democracia consagrada, no Estado de Israel, o autor de “21 lições para o século 21” aconselha a tomar cuidado com a ditadura digital e alerta: “A missão dos professores está mudando dramaticamente.”
Respondendo à pergunta de um líder comunitário, Harari afirmou que a cada dez anos as pessoas precisam conhecer novas profissões. E alertou: “Uma boa coisa da democracia é aprender com seus erros.” Para ir além: “Não se pode ensinar história, por exemplo, como se fazia antigamente. História não é decorar dados, é preciso pensar nas informações existentes.” Assim se poderá atenuar as desigualdades sociais, tendo uma ideia precisa do mundo em que as crianças irão viver.
Visivelmente, Harari ficou impressionado com o que viu na comunidade do Morro do Quarenta. As crianças têm uma boa educação e estudam música. Criaram um conjunto de violinos com bastante afinação. Na apresentação para as pessoas convocadas por Luciano Huck, o mentor de tudo aquilo, Douglas Pinheiro, não conseguiu evitar as lágrimas que brotaram dos seus olhos. Recebeu do programa da TV Globo uma nova sede para as suas atividades, como consequência da visita que lhe fez a produção do programa “Um por todos e todos por um”. Ali se embute também, como é praxe, facilidades para o desenvolvimento da primeira chance de trabalho, tarefa em que, aliás, também se envolve o nosso Centro de Integração Empresa-Escola. São exemplos que precisam ser multiplicados, se possível em todos os estados brasileiros.
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