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Juro estrutural é ponto de referência para condução da política monetária, diz BC
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, publicada nesta terça-feira, 25, os membros do colegiado pontuaram que a taxa de juros estrutural da economia “é um ponto de referência para a condução da política monetária”. “Quando essa política produz uma taxa de juros real (ex-ante) aquém da taxa estrutural, ela provê estímulos para a atividade econômica e contribui para um aumento da inflação”, citou o BC.
A instituição também pontuou que, “como a taxa estrutural não é observável e a atividade econômica e a inflação dependem de diversos outros fatores, estimativas dessa taxa envolvem elevado grau de incerteza e são continuamente reavaliadas pelo Comitê”. “Não obstante, os membros do Copom avaliam que as atuais taxas de juros reais ex-ante têm efeito estimulativo sobre a economia”, acrescentaram os membros do Copom.
De acordo com a ata, a avaliação de que os juros atuais estimulam a economia “não é inconsistente com o desempenho da economia aquém do esperado, posto que a atividade econômica sofre influência de diversos outros fatores”.
Em outro trecho da ata, o Copom pontuou que o estímulo adequado à economia “depende das condições da conjuntura, em particular, das expectativas de inflação, da capacidade ociosa na economia, do balanço de riscos e das projeções de inflação”. “Em especial, a provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas”, acrescentou a ata.
Explicitar condicionalidades
O Copom do Banco Central reafirmou, na ata de seu último encontro, “sua preferência por explicitar condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões”. De acordo com o BC, “isso contribui para aumentar a transparência e melhorar a comunicação do Comitê”.
Esta mensagem vem sendo repetida há meses nas atas dos encontros do Copom. Na prática, a mensagem é de que o BC não passará indicações sobre o que fará na política monetária, mas sim sobre o que observará ao tomar suas decisões.
Autor: Fabrício de Castro
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