Política

Maia: candidato do DEM pode ter palanque com outro a presidente que não Alckmin

29/07/2018

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que candidatos regionais de seu partido não vão abrir mão de suas candidaturas pela união do Centrão com o ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Após convenção regional do DEM no Rio, neste domingo, 29, Maia disse que, se um candidato do partido tiver que “construir um palanque” com outro candidato a presidente, isso será feito.

“A gente vai ter candidato de qualquer jeito, não abrimos mão de jeito nenhum . Eu disse isso ao (ex) governador Geraldo Alckmin, quando estive com ele nessa semana. O DEM tem projeto de fortalecimento de seus palanques em todos Estados que tivermos condições”, afirmou.

Maia citou, como exemplo, o Estado de Minas Gerais, que “dá mais problemas”. No Estado, os dois partidos deverão apresentar candidatos, o deputado federal Rodrigo Pacheco pelo DEM e o senador Antônio Anastasia pelo PSDB.

“Em Minas, nós temos uma candidatura que representa inovação, um quadro preparado (Pacheco), que mostrou isso na Comissão de Constituição e Justiça (da Câmara). Se, por algum motivo, a nossa candidatura no Estado tiver que construir um palanque com outro candidato a presidente, o governador Geraldo Alckmin sabe disso e certamente vai respeitar”, disse.

O deputado ponderou que “infelizmente, misturamos” eleições estaduais com federais o que, segundo ele, acaba gerando conflito e citou o caso também de Goiás e Mato Grosso.

“Em Goiás, nós não vamos estar com PSDB nunca. Não posso obrigar o nosso futuro governador, se Deus quiser, Ronaldo Caiado (DEM) a apoiar Geraldo Alckmin. Em Mato Grosso, nós temos um candidato muito forte, que está em primeiro lugar nas pesquisas e o adversário dele é do PSDB. Como é que eu faço? Se a eleição for só regionalizada não tem problema, nós não vamos misturar com nacional. Agora, se tiver algum envolvimento nacional em alguma eleição do PSDB contra a gente é claro que a gente vai ser obrigado a também nacionalizar”, disse.

Autor: Constança Rezende
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