Política

Ex-governador Sérgio Cabral é enviado para a solitária em Bangu 8

24/07/2018

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), que está preso no presídio de Bangu 8, foi enviado nesta terça-feira, 24, para a solitária. A transferência para o isolamento foi ordenada por um promotor que fazia inspeção na cela em que Cabral cumpre pena.

De acordo com o advogado Rodrigo Roca, que representa o ex-governador, o promotor André Guilherme realizava vistoria em Bangu 8 por volta das 9h40 da manhã, acompanhado por seis seguranças.

O promotor foi à Ala E, onde estão presos, além de Cabral, o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, os deputados estaduais Edson Albertassi e Paulo Mello, e Felipe Picciani, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Jorge Picciani. O promotor teria ordenado que todos ficassem “de cabeça baixa e de frente para a parede”.

Ainda segundo Rodrigo Roca, Sergio Cabral retrucou e, por isso, acabou mandado para a solitária.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou o isolamento. “Na galeria onde se encontra o apenado Sérgio Cabral, este demorou a sair da cela e não se colocou em posição de respeito, como é de praxe durante inspeções judiciais, ministeriais ou da própria Seap. O promotor determinou verbalmente que o citado apenado fosse colocado na cela em isolamento”, informou.

Ainda de acordo com a Seap, “foi instaurado o procedimento disciplinar próprio em relação à conduta do interno (Cabral)”. A secretaria informou ainda que o juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP) foi informado do ocorrido e irá determinar as “consequências do comportamento do custodiado”.

“A Seap ressalta que o custodiado continuará no isolamento até a decisão do juiz da VEP”, informou a secretaria.

O advogado de Cabral declarou que irá representar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra André Guilherme por crime de abuso de autoridade. Ele também informou que entrará com ação indenizatória pessoal contra o promotor.

A reportagem pediu posicionamento ao Ministério Público, que ainda não se posicionou.

Autor: Marcio Dolzan
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