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Histórias hilárias
Parodiando Antônio Candido, crítico literário nacional,” A literatura nos torna mais compreensivos e abertos à natureza, à sociedade e ao semelhante”.Dessa forma, escrever faz adentrar ao mundo dos escritores isento das mazelas da vida. Absorve as ideias e, ao mesmo tempo, impera a imaginação humana a serviço da coletividade.
Economista José Artur Justo, natural da bucólica Lagoa da Canoa, ex-presidente do extinto PRODUBAN,tornou-se contador de histórias vivenciadas no hinterland alagoano. Época que viveu sua adolescência e, portanto, armazenou no baú da saudade historietas hilárias que traz à tona com muita propriedade.
Conheço-o de perto. Inteligente, amável àqueles que privam de sua fidalga amizade. Sempre sorrindo como se a vida fosse doce como as palavras que usa a fim de narrar o acontecido em tempo pretérito não muito remoto. Homem público probo, que serve de exemplo nos dias atuais às novas e futuras gerações. Memória fértil na seara do saber quer na Economia, quer nos meios literários que escolheu para exercitar a arte de escrever.
Tornou-se escritor AD HOC sem usar os adereços dos clássicos da Literatura brasileira.E, por isso, rendeu-lhe os livros que fez chegar às minhas mãos, a saber: Verdes Pastos: Imburanas, Economia para Garamufos ( onde exaltou os colegas da estirpe do saudoso Professor Evilásio Soriano de Cerqueira, meu Mestre de Projeto I/II na Ufal). E, finalmente, Ermos Inamus. Todos lidos e guardados como muita honra pelo apreço dedicado pelo autor.
Agora, ao me encontrar no Shopping de Maceió foi logo dizendo;” Laurentino, tenho outro livro para oferecer ao distinto colega de profissão”.Ei-lo: “ Tempo Envergado” sob a supervisão de Danton Melo Sá, membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa, bem como capa/diagramação de Jorge Santos, diretor da AAI. Lio-o com muita atenção e de forma rápida para fazer meu modesto comentário como sempre procedo a ser recipendiário de uma obra.
À guisa de Prefácio, Fraudizio F. Nogueira assim se expressou: “ Em suas historietas, contradição e ficção, se fundem em temas que absorvem o leitor e o levam a um novo olhar sob o mundo fantástico, através de uma prosa de texto agradável, isento e enriquecedor. Enfim, um livro como quase ninguém encontra mais.Repleto de talento, erudição, espontaneidade e, sobretudo, de saber fazer-se amigo dos seus amigos.”
Nesse sentido, o leitor se deleita lendo pequenas histórias advindas da imaginação de José Justo. Tão justo que não economiza palavras para descrever lugares, pessoas, ruas, escolas onde os protagonistas aprenderam o linguajar matuto genuinamente alagoano.
“ Zito Chibata preferia que o tratassem assim, pelo apelido, devido ao amaranhado do seu nome verdadeiro: Sossígenes, de mais a mais, Sossígenes Teodoro Fonseca, conforme recebido da boca do Cônego Basílio, na pia batismal da igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Canoa, já lá se vão perto de vinte e seis anos”.
Ademais, outras temáticas chamam atenção pela dissertação feita sem uso de nenhuma figura de linguagem usada pelos mestres: Machado de Assis fundador da Academia Brasileira de Letras), Humberto de Campos e mesmo o grande Graciliano Ramos autor de “Vidas Secas”. Felicito o amigo pela novel obra que se encontra na praça fazendo sucesso. Organização: Francis Lawrence.
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