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Ao Mestre, com carinho

Faço, semanalmente, comentários de livros recebidos de escritores alagoanos/ nacionais, bem como recorro à minha modesta biblioteca. Esse compromisso cresce à medida que sou prestigiado pelo maior/melhor historiador-escritor de Palmeira dos Índios – Dr. Ivan Bezerra de Barros -, vetusto sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI). Diga-se, de passagem, encontra-se nas Livrarias seu 31° livro lançado recentemente intitulado Raízes dos Municípios Brasileiros, segundo seu estimado filho Vladimir Barros, Editor-Chefe da prestigiada Tribuna do Sertão.
Residiu na Cidade Maravilhosa onde exerceu a função de então repórter da extinta Manchete. Brilhou na constelação do jornalismo nacional. Lá, projetou-se no mundo social convivendo com expoentes da política e do mundo da boemia. Carismático, e, principalmente, um nordestino que se destacou com sua excelsa inteligência a serviço da comunicação.
Paralelamente, fez Direito na antiga Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro ( SUESC), tendo a honra de ter sido aluno da disciplina Criminologia do Mestre Roberto Lyra – O Êmulo de Beccara – que lhe ensinou a ser Promotor de Justiça emérito do Ministério Público Estadual a convite de seu amigo-irmão saudoso Divaldo Suruagy.
Aprendeu, também, a admirar o eminente causídico e, portanto, pesquisou sua vida a ponto de trazer à tona sua vida, obras e, porque não dizer, seus ensinamentos que formaram gerações de juristas. Quer na terra de Gilberto Freyre/ Manuel Bandeira, quer noutras plagas brasileiras. Foi testemunha ocular de seu apreço para como os alunos que admiravam o velho jurisconsulto recifense.
Juntou, portanto, o autor fotos na residência do Mestre. Justificando, assim, sua pesquisa in loco a fim de ter veracidade no seu trabalho ímpar sobre àquele que admirou e, sobretudo, lhe influenciou a defender os injustiçados pelos algozes do poder. Na terra dos Xucurus, Dr. Ivan Barros exerceu com brilhantismo o cargo adquirido por concurso público.Aposentou-se sendo laureado pela sua conduta ilibada no exercício da profissão que escolheu por vocação.
“ Ao conhecê-lo, fiquei inibido, ouvindo suas palavras . É um homem simples. Mas fiquei a matutar: será que povoa a lembrança do Mestre os seus dias de juventude no Recife, berço de sua formação, e que, no modo de Manuel Bandeira localiza, no mapa sentimental, em evocações sentida, a rua da Aurora de todos os moços, ou a rua da União de todos os homens”?
No bojo de seu livro, vê-se uma narrativa que merece ser reproduzida pelo alcance social do jurista. Significa um acontecimento de grande valia aos moços que ele tanto admirava. E, sendo assim, introduzo nesta crônica o registro do ex-aluno que soube aprender a respeitar sua conduta de homem público probo.
“ Em 1935, fundou o Instituto Brasileiro de Criminologia, transformando-o no centro de criminologia do país e por onde passaram os maiores criminologistas da nação e do continente.A História da criminologia brasileira tem em Roberto Lyra o seu autor.Inspirado na congênere de Roma, fundada por Eurico Ferri em 1911 ( com o fim de aperfeiçoar médicos e advogados). De fato, Roberto Lyra deixou marcas indeléveis de jurista que a poeira do tempo não conseguirá apagar.Ao Mestre, com carinho traduz, o apreço/admiração do jornalista-historiador que seguiu os passos do Professor à altura de sua grandeza moral. Organização: Francis Lawrence.
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