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Padre José de Anchieta
No mês de junho, dentre várias datas comemorativas, há uma data que não só pertence à Igreja Católica mas é parte importante na história do Brasil. Trata-se do Dia Nacional de Anchieta, Apóstolo do Brasil.
Beatificado pelo papa João Paulo II foi canonizado pelo atual papa Francisco. É cognominado Apóstolo do Brasil. Com efeito, foi um dos que muito trabalharam a fim de implantar o cristianismo no Brasil.
José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534 na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias. Eis os nomes de seus pais: João López de Anchieta e Mência Diaz de Clavijo Y Llarena. Anchieta viveu com seus pais e irmãos até os 14 anos de idade.
O padre Manuel da Nóbrega, como chefe dos jesuítas no Brasil, pediu mais ajuda para a evangelização no Brasil. A essa altura, Anchieta estudava em Portugal. Dentre outros, com menos de 20 anos veio para o Brasil.
Na sua vida religiosa, Anchieta teve uma vida exemplar e tinha grande devoção a Nossa Senhora. Em 1563, com o padre Manuel da Nóbrega, Anchieta viajou para as praias de Iperoig, no litoral santista, a fim de negociar a paz com os tamoios que formavam uma tribo muito feroz. A verdade é que Nóbrega viaja e Anchieta ficou refém dos tamoios.
Enquanto Anchieta aguardava a volta de Manuel da Nóbrega, que fora negociar a paz, com o governo, Anchieta escreveu nas areias de Iperoig um precioso poema dedicada à Virgem Santíssima. Enquanto escrevia, procurava gravar na memória para posteriormente publicar, como de fato aconteceu.
Pode-se afirmar que “Anchieta abriu os caminhos do sertão, e chegou a catequizar e ensinar latim aos índios”. A verdade é que durante três meses, foi o cativeiro de Anchieta. Após isso, houve a sua liberdade.
Conforme Mário da Veiga Cabral, autor do “Compêndio de História do Brasil”, Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram os maiores evangelizadores das selvas. O primeiro mereceu do insuspeito historiador protestante Roberto Southey o seguinte conceito: “Não há ninguém a cujos talentos deva o Brasil tantos e tão permanentes serviços”.
Anchieta veio a falecer com 63 anos, dos quais 43 e meio foram passados no seio das florestas brasileiras. Prestou tantos serviços à causa da civilização, que dele disse o bispo D. Pero Leitão: “A Companhia de Jesus é um anel de ouro e a pedra preciosa dele é o Padre José de Anchieta”.
Efetivamente os Jesuítas, nos primórdios do Brasil, fundaram igrejas e colégios. Conseguiram fazer dos índios, verdadeiros amigos. Por sua vez os sacerdotes da Companhia de Jesus multiplicaram suas atividades. Eram também professores, médicos, enfermeiros.
Convém lembrar que José de Anchieta veio a adoecer gravemente e faleceu no dia 9 de junho de 1597. Isso ocorreu no estado do Espírito Santo, na aldeia de Renitiba que depois recebeu o nome de Anchieta.
Machado de Assis disse em relação a José de Anchieta: ensinava sorrindo às outras gentes, pela língua do amor e da piedade.
Deixo aqui o que escreveu Dom Servilio Cont sobre Anchieta: “Anchieta passou seus últimos anos de vida no Estado do Espírito Santo como superior e foi exatamente neste Estado, na aldeia de Reritiba, hoje chamada Anchieta, veio a adoecer gravemente e a falecer no dia 9 de junho de 1597”.
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