No dia 25 de março de 1933, data que assinala o nascimento do menino Judá Fernandes de Lima, neto mais longevo de nosso avô materno José Luis da Veiga Lima – capitão Cazuza – genitor de tia Gertrudes ( IN MEMORIAM) que, segundo o primo-escritor: “ Uma mulher extraordinária, de têmpera de aço, aguerrida, forjada a capricho, todavia despojada de vaidades mundanas.Sempre revoltada com tanta coisa errada, injusta e absurda. Não aceitava essas mudanças repentinas, transformações sociais radicais, que só vieram piorar  a situação dos excluídos camponeses, desgarrados e discriminados trabalhadores rurais, brutalmente rechaçados pelos governantes”.

Certamente, herdou essa sensibilidade para com o social e, por isso, formou-se em Medicina a fim tratar das mazelas que atormentam as mulheres de menor poder aquisitivo. E o fez com tanta propriedade que  migrou à próspera cidade de Arapiraca para se juntar ao saudoso irmão – Dr. José Fernandes de Lima – fundador da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima.Dedicou-se de corpo e alma e, por conseguinte, ainda hoje atende às pessoas com a educação que lhe é

Paralelamente, enveredou pela literatura estreando com seu festejado livro “ A Xicara do Padre” lançado em 5 de dezembro de 1998. Depois, escreveu  a crônica” A Toalha do Noivo” que mereceu o primeiro lugar no III Concurso Científico e Literário da Academia Alagoana de Medicina.Em 2002 trouxe a lume a obra intitulada “ Um Genuíno Tangerino” que lhe rendeu o mérito de presidir a polivalente Academia  Arapiraquense de Letras e Artes ( ACALA).

Sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI), adesguiano, integra o quadro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional Alagoas – e de outros sodalícios da Terra de Manoel de André e da capital alagoana.Diga-se, de passagem, homem público probo, que nasceu com a veia poética para ser o representante das famílias Veiga/Teixeira/ Lima/Costa/Madeiro/Fernandes.

Dir-se-ia que o renomado médico viçosense é, por excelência, um pesquisador nato e, principalmente, escreveu sobre o pretérito de nossa avó Josefa Teixeira Lima que faleceu ainda jovem deixando sete filhos a saber: Luís, Antonina (Nina), Mário, Gertrudes Magna, Maria-Mariquinha, Maria Romeira e Ana-Naninha. Essa última, minha saudosa mãe que deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.

Parodiando Carlos Drummond de Andrade, “ Fui, durante toda minha vida, um cronista, um homem que registrava o cotidiano e o comentava com possível humor para não aumentar a tristeza e a inquietação das pessoas”. Judá Fernandes de Lima, por sua vez, ao lado da dedicada esposa assistente-social Almira Gouveia Alves Fernandes, cuida de seus pacientes e, ao mesmo tempo, presta relevantes serviços ao mundo literário no qual está inserido quer como humanista, quer como  pensador contemporâneo.

É estimado primo-irmão você galgou o ápice da pirâmide existencial. Plantou árvores para servir  de descanso aos viajantes; escreveu livros imorredouros e, principalmente, edificou uma família honrada a serviço da  comunidade arapiraquense. Oitenta e cinco anos bem vividos. Sem claudicar, ao lado da ética e dos bons costumes. Merece, pois, encômios por fazer da vida estuário de suas ideias de democrata.PARABÉNS DR. JUDÁ” Organização: Francis Lawrence.