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Dólar sobe 0,69% e alcança os R$ 3,28 com aversão ao risco no exterior
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Um movimento de aversão ao risco nos mercados globais manteve o dólar em alta consistente ante o real durante toda a sessão de negócios desta quinta-feira, 15. Os temores em torno da postura protecionista nos Estados Unidos e a cautela antes da decisão de política monetária do país foram dois dos principais fatores a incentivar posicionamentos mais conservadores, com investidores reduzindo a exposição aos países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil. As batalhas envolvendo Estados Unidos e Rússia, em meio a sanções e investigações, foram outro motivo de cautela.
Como resultado desse cenário, o dólar se aproximou do teto informal dos R$ 3,30, no qual não opera desde o final de 2017. No mercado à vista, a divisa norte-americana fechou em alta de 0,69%, cotada a R$ 3,2865, maior valor desde 9 de fevereiro. Na máxima, chegou aos R$ 3,2971 (+1,02%).
“Foi um dia clássico de aversão ao risco. Os assuntos que estão em discussão, principalmente no que diz respeito ao protecionismo, acertam os países emergentes na veia. Por isso que vimos uma queda generalizada dessas moedas”, disse Bruno Foresti, gerente de câmbio da corretora Ourinvest.
Para o gerente, a possibilidade de o dólar superar o teto psicológico dos R$ 3,30 nos próximos dias não necessariamente será duradoura, uma vez que o quadro americano ainda é de bastante indefinição. Internamente, ele vê um cenário bem equacionado no curto prazo, com o Banco Central promovendo a rolagem integral de vencimentos de swap cambial, inclusive oferecendo hedge para o período eleitoral, cujo potencial de criar volatilidade é significativo.
Nos Estados Unidos, os temores giraram em torno de especulações sobre a continuidade das medidas protecionistas dos EUA, que poderiam incluir a imposição de tarifas a produtos chineses no valor de US$ 60 bilhões. Ontem, o governo americano informou que deseja reduzir o déficit comercial com a China em US$ 100 bilhões. À tarde, o humor dos investidores em Nova York foi afetado por um relato de que a Justiça americana intimou empresas do presidente Donald Trump a entregar documentos sobre a Rússia pelo conselheiro especial Robert Mueller, que lidera as investigações da suposta interferência do Kremlin na eleição de 2016.
Autor: Paula Dias
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