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A Era das Contradições
De quando em vez, sou recipendiário de livros de autores alagoanos, bem como de outras unidades federativas e, sendo assim, sou obrigado a tecer comentários como forma de agradecimento a fidalguia à minha singularíssima pessoa. E, portanto, tornou-se prazeroso comentar a respeito das obras dedicadas à Associação Alagoana de Imprensa ( AAI).
Desta feita, chega-me às mãos a majestosa publicação intitulada A Era das Contradições do renomado jurista paulistano Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito das universidades Mackenzie, Paulista e da ECEME – Escola de Comendo do Estado Maior do Exército, presidente do Conselho de Academia Internacional de Direito e Economia, membro das Academias de Letras Jurídicas, Brasileira e Paulista, sócio efetivo da Casa de Genésio de Carvalho com a seguinte dedicatória: “Ao Dr. Laurentino Veiga, com o apreço do autor”.
Por essas razões, torna-se imperativo elevar o nome do autor e, ao mesmo tempo, dizer que “ Desafios para o novo milênio” abrange pesquisa, dedicação, e, principalmente, erudição de um homem público de múltiplas atividades intelectuais quer no Brasil, quer no exterior onde realiza Conferências em inglês/francês e noutros idiomas espalhados pelos cinco continentes que povoam a terra.
Observa-se no Sumário que o escritor escolheu várias temáticas, a saber: A aventura humana, O conflito das ideologias, O século XX e a transição, Século XXI : os desafios, As contradições jurídicas, As Contradições Econômicas, As contradições tributárias, As contradições da Mídia e, finalmente, As contradições do Homem.
Pela magnitude do estudo realizado ao longo de sua profícua existência, o autor pela sua experiência na seara literária escreveu mais de quarenta livros versando sobre diversos assuntos de interesse da sociedade contemporânea. E, dessa forma, merece reproduzir seus conceitos inseridos na obra em epígrafe.
“O homem nasceu para viver em sociedade. Robinson Crusoé é figura de ficção e apesar de existirem pessoas capazes de viver por algum tempo isoladas dos demais, como Amir Klink, por exemplo, trata-se de situação excepcional que nunca será a regra. A convivência humana, todavia, exterioriza a necessidade do comando, pois, com excepção dos agrupamentos animais, em que o instinto cria regras permanentes e imutáveis (abelhas, formigas, lobos etc.), a sociedade humana é um conglomerado de interesses, paixões e luta pela sobrevivência”.
No que diz respeito ao Brasil comandado por Michel Temer ( PMDB/SP), à frente da Presidência da República utiliza de todos os meios a fim de permanecer no cargo até 31 de dezembro de 2018. Os partidos aliados à sua disposição de comando, por certo, votaram na sua permanência recebendo em contrapartida algumas regalias expostas pela mídia. Daí, indaga-se: qual ideologia se emprega nas 35 agremiações partidárias?
Quem detém o poder – mesmo quando é dele o maior beneficiário e não tem que dar satisfação aos demais, como ocorre nas Ditaduras (Venezuela, por exemplo), objectiva regular a sociedade de forma que as relações se façam da melhor maneira possível, desde que não o prejudique.
Em resumo: o réu Luis Inácio Lula da Silva aliou-se à sua comparsa Dilma Vana Linhares Rousseff no sentido de permanecerem no poder por mais de uma década. Não pensaram no povo, muito pelo contrário, fizeram-no trampolim para chegar ao Poder e, deliberadamente, arquitetaram a maior corrupção vista na República dos coestaduanos Deodoro/Floriano Peixoto.
O atual mandatário, por sua vez, organizou uma quadrilha a fim de depauperar o Erário e, ao mesmo tempo, trazer de volta a escravidão com a assinatura de um Decreto favorecendo a Bancada Ruralista. Em contrapartida, recebeu os votos que o credenciaram a permanecer no poder mesmo sendo denunciado pela segunda vez pela Procuradoria-Geral da República.
Dr. Ives Gandra demonstra no seu pensamento de jurisconsulto a trajetória de outros povos que merece ser reproduzida com validade atual.
“Até na República Romana de quatro séculos, os diversos movimentos que permitiram, inclusive, a escolha de um ditador temporário, eram movimentos de ruralistas contra os citadinos, da plebe contra a aristocracia, dos burocratas contra os cônsules, sempre que a lutra não se fazia dentro das próprias regras do regime, nada obstante muitas vezes os governantes em conflito, como Mário e Sila, não seguiram as regras do Senado, o grande Poder da República Romana antes do Império dos Cláudio, gerando choque entre eles”, confirmando assim “A Era das Contradições”.
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