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Um olhar sobre o repórter fotográfico
Se o médico palmeirense MARCOS MORAES, que transferiu seu domicílio para o Rio de Janeiro, ainda estivesse por aqui, com certeza responderia algumas dúvidas que trago comigo. Contabilizo vários amigos e conhecidos que no exercício da sua profissão como Jornalista ou Repórter Fotográfico tiveram suas vidas ceifadas pelo Câncer no Estômago. O que observo sobre essa Patologia é que ela é uma doença letal, muito comum no nordeste. E como ela se confunde com simples dores abominais e perda de apetite e de peso.
Geralmente acreditamos que ela não passa de um sintoma de má digestão ou infecção intestinal, mas nunca suspeitamos que possa ser um sinal de possível tumor (neoplasia gastrointestinal) no interior do corpo. Em regra, o Câncer no Estômago é silencioso. Em pouco espaço de tempo, ele provoca metástase, espalhando-se pelo organismo através da corrente sanguínea. Quando o paciente possui boas condições financeiras, a morte é adiada e a sobrevida é prolongada por vários anos, com menos sofrimento e maior esperança, em razão do tratamento médico de alta qualidade aplicado nos grandes centros hospitalares. Um desses exemplos aconteceu com o Governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), que morreu aos 53 anos de idade, após quatro (4) anos de tratamento contra problemas decorrentes de um câncer no estômago, mesmo assistido pela melhor equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ficou internado e lá faleceu.
Penso eu que o fato do Jornalista e do Repórter Fotográfico, viver em constante tensão emocional no exercício do trabalho, correndo para todos os lados em busca de notícias do cotidiano, preocupado com a “pauta” do veículo de comunicação onde trabalha, consumindo tabaco (cigarros) ou ingerindo bebidas alcóolicas (em excesso), ou ainda se alimentando com comidas pobre em vitaminas A e C, geralmente enlatados, corantes e conservados em sal, tem maior possibilidade de adquirir a bactéria “H. Pylori” que infecciona o estômago, desenvolvendo tumores no organismo. Acrescenta-se a esses fatores de risco as pessoas portadoras de diabetes. Aliás, quantos de nós, jornalistas, repórteres, advogados, professores, policiais e empresários procuram o auxílio médico para realizar um exame de “Endoscopia Digestiva”, para se livrar da dúvida de que não possui tumores no estômago?
Pois bem, o Repórter Fotográfico e Cinematográfico, EDSON SILVA (“Javali”), que se identificava como “fotojornalista”, faleceu como vítima de câncer no estômago, aos 63 anos de idade, após quatro meses de luta contra essa enfermidade. Sua história começou como fotógrafo de eventos sociais e de campanhas políticas em Palmeira dos Índios, quando as fotos nasciam de filmes negativos, reveladas em laboratório. Atualmente, ele era “free lance” em jornais e revistas, fazendo uso de câmeras fotográficas digitais. Como cinegrafista, teve seu início com uma Câmera Super-8, com a qual participou de Festivais de Cinema Amador, produzindo documentários.
Conquistou dois prêmios em fotojornalismo no Diário Gazeta de Alagoas. Sua obra fotográfica se espalha por vários lugares no território nacional. No ano passado, durante entrevista na Rádio Gazeta de Alagoas, falou da sua vida em São Paulo e em Alagoas produzindo filmagens e realizando fotografias. E, uma vez indagado sobre a importância da sua profissão, ele se limitou a relembrar um ditado popular chinês que diz: “Uma imagem vale mais que mil palavras”… Pensemos nosso! Por hoje é só.
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