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O engodo da globalização
O engodo da globalização inibe os segmentos sociais mais expressivos; cala a imprensa nacional; engessa as instituições; e, o pior, leva a sociedade como um todo a acreditar que o neoliberalismo é a solução dos graves problemas brasileiros.
Em realidade, o liberalismo clássico diferencia-se do neoliberalismo. O primeiro, capitaneado por Adam Smith, que por sua vez, preocupa-se tao somente com a circulação dos bens internacionais, e por, conseguinte, defendia a não intervenção estatal.
Hoje, a doutrina neoliberal aceita a presença do estado como fiscalizador, regulador das atividades econômicas, e, principalmente, a formação de blocos econômicos visando a circulação mundializada.
O primeiro país latino-americano a experimentar a globalização foi o México, que por sinal, mergulhou numa profunda recessão econômica, acompanhada de inflação, e o, pior, até o presente momento não encontrou o patamar do desenvolvimento sustentável.
O processo de globalização, iniciou-se na segunda metade dos anos setenta(Grã-Bretanha/Estados Unidos). Entretanto, teve ênfase a partir dos anos oitenta pregando o desenvolvimento da microeletrônica e a massificação da informática.
Privatização, terceira via da globalização, é na exigência da agenda neoliberal, isto é, a diminuição das funções do estado-nação a fim de complementar o mercado competitivo internacional.
Nesse sentido, a globalização exige competitividade, racionalidade, modernidade tecnológica, preço acessível a todas as camadas sociais, qualidade, e, sobretudo, empresariado sintonizado com o mercado do século XXI.
O novo ordenamento econômico advém das ideias de Frigdrich Hayek, que, por sua vez, fundamentou sua teoria contra o estado-intervencionista.
Em assim sendo, trata-se de um ajustamento do sistema capitalista como um todo, isto é, o que produzir, aonde produzir, quanto produzir e para quem produzir doravante sob a égide do neoliberalismo.
O mercado nacional, por sua vez, cede espaço para o mundial seguindo às regras da abertura econômica a fim de manter a hegemonia dos países industrializados.
Levando, portanto, os países desenvolvidos a ficarem cada vez mais dependentes das amarras do consenso de Washington, do FMI e dos Estados Unidos, mentor da guerra que destruiu o Iraque.
Por outro lado, o neoliberalismo prega a saída do estado da economia, ou seja, a iniciativa privada passa a ser a peça-chave do setor produtivo mundial. Em outras palavras, os mecanismos de preços norteiam as leis de mercado. Cabe, portanto, ao estado frear a concorrência para gerar emprego/renda aos menos favorecidos deste Brasil que, no momento, assiste a uma crise política política que degenera a economia e, principalmente, deixa-o sem perspectivas desenvolvimentistas.
Michel Temer (PMDB/SP) no exercício da Presidência da República é alvo de acusações que poderão levá-lo a cassação. Caso se concretize, por certo, o país mergulhará numa crise sem precedentes. Desse modo, exige-se serenidade, capacidade de se resolver esse deslize presidencial que afetou a Nação em todas as esferas, ou seja, política, econômica e, consequentemente, no mundo externo que exige estabilidade para se continuar os investimentos. Organização: Francis Lawrence.
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