Atendendo a um pedido sobre algo referente à Quaresma, só tive uma opção: atender ao que me foi solicitado. Não sei se este artigo vai ser publicado ainda no período quaresmal.
Seja como for, vai algo do que me foi proposto.

Quaresma vem da palavra “quarenta”. Como se sabe, são cinco semanas da Quaresma. Tirando os domingos (pois o domingo é dia festivo), cinco semanas têm trinta e cinco dias, menos os domingos, ficamos com trinta dias. Somando mais 4 dias, a partir da quarta-feira de cinzas chega-se ao número 34.

Havendo mais seis dias da Semana Santa chegamos ao número quarenta. Tempos atrás eram dias de penitência, rigoroso jejum e abstinência de carne. Como a Igreja vai se adaptando aos tempos, vai também esclarecendo no que diz respeito ao preceito quaresmal.

O Evangelho refere-se a um tempo de solidão de Jesus no deserto. Já perto de terminar a sua solidão de quarenta dias. Jesus é tentado por Satanás mas o tentador é vencido por Cristo. “A Igreja associa-se cada ano, através dos quarenta dias da Grande Quaresma, ao mistério de Jesus no deserto”. (Catecismo de Igreja Católica).

Diz o Papa Francisco que a Quaresma é o momento favorável para se intensificar a vida espiritual. Mas é indispensável ouvir e meditar a Palavra de Deus. A parábola do homem rico e o pobre Lázaro leva-nos a compreender como devemos agir para alcançar a verdadeira felicidade e a vida eterna. A quaresma, diz o Papa, é tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo.

A parábola prossegue após a morte de Lázaro e do homem rico. O rico que vê Lázaro na glória, enquanto ele nos tormentos, pede que Abraão mande avisar a seus irmãos que mudem de vida para alcançar as promessas de Cristo. Eis a respostas de Abraão: “Se eles não dão ouvidos a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos”. Conclui-se que a raiz dos males do rico foi não ter dado ouvidos à Palavra de Deus.

Eis o que disse o Papa Francisco: “Quaresma é o tempo favorável para renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua palavra, nos sacramentos e no próximo. O Senhor que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do tentador, indica o caminho a seguir.

Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrimos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Então podemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa”.