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A Globalização Econômica
Com a revolução industrial na virada do século XVIII, dá-se a uniformização da escala produtiva mundial. E, consequentemente, preparou o terreno para a globalização, que, por sua vez, iniciou-se no Brasil na década de noventa. A globalização no contexto do século XXI, torna os governantes compromissados com suas decisões. Por isso, a marcha inexorável do processo neoliberal exige competitividade dos bens/serviços elaborados que, por sinal, ampliam as fronteiras do consumo e ultrapassam as barreiras da concorrência imperfeita.
A queda do Muro de Berlim ( dezembro/1989), acelerou o processo da globalização. Os ventos do Leste Europeu varreram o socialismo utópico da antiga União Soviética, desintegrando-a e criando novos estados ( Ucrânia/ Lituânia). Surge, portanto, a formação de blocos econômicos regionais ( Nafta/União Europeia/Mercosul), impulsionando os países altamente industrializados a procurarem novos mercados para expandir seus negócios econômicos.
A bem da verdade, o liberalismo clássico diferencia-se do neoliberalismo. O primeiro, encabeçado por Adam Smith, preocupava-se tão -somente com a circulação dos bens internacionais. E, por conseguinte, defendia a não-intervenção estatal. Hoje, a doutrina neoliberal aceita a presença do estado como fiscalizador das atividades econômicas, e, principalmente, a formação de blocos econômicos visando à circulação mundializada.
O processo da globalização, iniciou-se na segunda metade dos anos setenta ( Grã-Bretanha/Estados Unidos da América). Entretanto, teve ênfase a partir dos anos oitenta pregando o desenvolvimento da microeletrônica e a massificação da informática. A privatização, terceira via da globalização, é uma exigência da agenda neoliberal, isto é, a diminuição das funções do estado-nação a fim de complementar o mercado competitivo internacional.
Nesse sentido, a globalização exige competitividade tecnológica, preço acessível a todas as camadas sociais, qualidade, e, sobretudo, empresariado sintonizado com o mercado moderno do século XXI.O novo ordenamento econômico, advém das ideias de Frigdrich Hayek, que, por sua vez, fundamentou sua teoria contra o estado-nação intervencionista. Em assim sendo, trata-se de um ajustamento do sistema capitalista como um todo: isto é, o que produzir, como produzir, quanto produzir e, finalmente, para quem produzir sob a égide do neoliberalismo.
O mercado nacional, por sua vez, cede espaço para o mundial seguindo às regras da abertura econômica a fim de manter a hegemonia dos países industrializados. Levando, portanto, os países desenvolvidos a ficarem cada vez mais dependentes do Consenso de Washington, do FMI e dos Estados Unidos no governo atual.
Por outro lado, o neoliberalismo prega a saída do estado da economia, ou seja, a iniciativa privada passa a ser a peça-chave do setor produtivo mundial. Em outras palavras, os mecanismos de preços norteiam as leis de mercado. Cabe, portanto, ao estado frear a concorrência gerando mercados de tipo como o Nafta. Na globalização, se produz onde é mais barato as matérias-primas, mão-de-obra e, principalmente, no que diz respeito a diminuição de custos. Em sendo assim, a globalização tem como alvo a estabilidade monetária/política. Aliás, é condição “ sine qua non” para atrair empreendedores ansiosos pela maximização de lucro.
Historicamente, Aristóteles foi o precursor do liberalismo, isto é, defendeu a propriedade privada considerando a produção superior ao comércio. Empiricamente, estimulou a criação de uma ciência para tratar dos fatos econômicos. E, por conseguinte, analisou a a troca e fomentou a teoria da moeda.
Nesse sentido, a acumulação primitiva capitalista ocorreu na Europa nos séculos VI/XVII/XVIII. Possibilitando, assim, as grandes transformações econômicas da produção industrial. Segundo Marx ( 1818/1883), essa acumulação foi originada pela concentração de grande massa de recursos nas mãos de um número superior de proprietários em detrimento da pobreza de indivíduos obrigados a vender sua força-de-trabalho sujeita à mais-valia( horas trabalhadas não remuneradas).
Na esteira da globalização, vê-se o aprofundamento da internacionalização das empresas, o aumento da produtividade decorrente de novas tecnologias, comercialização e, finalmente, o enfraquecimento das barreiras protecionistas dos mercados nacionais, associando-se a blocos econômicos para enfrentar as adversidades dos mercados. Precisa-se construir um estado desprivatizado, voltado para os interesses gerais da sociedade, com condições favoráveis a fim de influenciar a fomentação do bem comum.
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