Alagoas
“Precisamos contratar policiais”, diz Renan Filho sobre números de homicídios
O governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), comentou o aumento no número de homicídios no estado em 2016. Durante solenidade no Teatro Gustavo Leite, na manhã desta sexta-feira (27), ele ressaltou que as mortes em municípios do interior puxaram o índice para cima, e reconheceu que é preciso contratar mais policiais para essas regiões.
Para o governador, o aumento de 62 mortes não foi expressivo. “Esse ano, nós tivemos uma redução da violência na capital e uma pequena oscilação no interior do estado, porque tem um efetivo menor no interior. Precisamos contratar mais policiais”, afirma.
O estado vinha vinha apresentando queda desde 2014, quando registrou 69 homicídios a menos que o ano anterior. Em 2015, quando a Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda estava sob comando de Alfredo Gaspar de Mendonça, o número foi ainda menor. Mas, no início do ano seguinte, a SSP mudou de comando, passando para o coronel Lima Junior.
Questionado se haverá alguma mudança na SSP, já que esse índice voltou a crescer na gestão de Lima Junior, o governador disse que não. “Não vamos transferir responsabilidade”.
Para tentar frear a criminalidade, o governador disse que já aumentou o efetivo policial, mas que pretende fazer concurso para mil policiais militares.
Ataques a ônibus
Sobre os suspeitos dos recentes ataques a ônibus em Maceió, Renan Filho voltou a afirmar que os suspeitos foram identificados e que eles serão apresentados em breve, dando a entender que já houve prisões.
Os coletivos foram incendiados na noite de quarta (25), no Vergel do Lago e na Ponta Grossa. Desde então, a polícia ocupa a região como medida de segurança. Segundo o secretário Lima Júnior, os ataques aconteceram por conta da morte de um chefe do crime organizado conhecido como “Paulista”.
Em entrevista à TV Gazeta, o secretário descartou a relação de detentos do Sistema Prisional com os ataques a ônibus. Mas a crise no sistema prisional ainda é uma preocupação do governo do estado.
Renan Filho reafirmou que vai pedir ao ministro na próxima semana a transferência de presos perigosos e que o Exército já esteve no sistema prisional para conhecer como funciona. “Toda ajuda é bem vinda, mas temos que andar com as próprias pernas”.
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