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Quem é o Espírito Santo
A palavra “Espírito Santo” não é um conceito exclusivo do Cristianismo. Embora o termo “Espírito Santo” constitua a “terceira pessoa da trindade cristã”, ele não se limita ao dogma da Religião Cristã. A Palavra tem sentido amplo, como “Luz Divina”, “Luz Inefável”, “Fogo Divino” ou “Sopro e Essência de Deus”, segundo a interpretação latina, grega e hebraica. Na Religião Judaica, especialmente no Antigo Testamento, em “Gênesis” que trata da origem da Terra, está descrito que “o Espírito de Deus pairava sobre as águas”, assim, a frase empregada designa a “Alma e o Sopro de Deus”.
No Novo Testamento, que narra a Vida, a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus de Nazaré, o Cristo, a expressão tem o significado de “Luz Inefável”, correspondendo a “Sabedoria de Deus”, representada pelo Mestre dos Mestres, Jesus Cristo, durante sua existência humana. E como “Luz Inefável”, entende-se que o “Espírito Santo” está associado ao simbolismo do fogo, tanto na tradição Judaica quanto na tradição Cristã. A natureza do Espírito Santo é revelar e confirmar a mensagem divina. É a força mística do poder impessoal de Deus. Mas, a expressão hebraica para o “espírito” (ruach) é “feminina” em Gênesis (1:2).
Logo, Maria de Nazaré é o “rosto materno” e a “porção feminina” de Deus, divinizada pelo Espírito Santo. Maria, como “templo” do Espírito Santo, é a parte “feminina” da Trindade Santa. Ela guia, defende, convence, intercede milagres, tem entendimento e exerce sua vontade.
Quando do Ato da Crucificação de Jesus no Monte Calvário, o Procurador Romano Pôncio Pilatos ordenou que, por cima da cabeça do Cristo na Cruz, fossem gravadas as letras “INRI”, que é a abreviatura da frase latina: “Igne Natura Renovatur Integra”, a qual significa “a Natureza Humana é inteiramente regenerada pelo Fogo Divino”. O latim era a língua oficial do Império Romano. Porém, no contexto judaico, o Apóstolo João Evangelista (João, 19:19) assegura que se trata da expressão “Jesus Nazarenus Rex Judaeorum”, que se traduz como sendo “Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus”.
Com efeito, o “fogo terrestre” representa o poder regenerador, como agente de transmutação de um estado “sólido” para um estado “plasmático”, de acordo com a classificação de Albert Einstein (estados físicos da matéria: sólido, líquido, gasoso e plasma). Isso quer dizer que a substância do “Plasma” é o estado em que se encontra no universo a maioria da matéria física. A água, por exemplo, possui em sua essência três estados: sólido (gelo), líquido (água propriamente dita) e gasoso (vapor da água).
Contudo, há poucas substâncias que se encontram em estado físico denominado de “plasma”, segundo o comentário do professor Alberto Ricardo Präss (cf. “Plasma, o quarto estado da matéria” (PDF). Transcrito da Pequena Enciclopédia da Física Nuclear, de R. Gladkov. Consultado em 23/06/2009).
Na Doutrina Espírita o “Espírito Santo” representa o “Fogo Divino” purificador e regenerador, que veio ao mundo para eliminar os pecados da humanidade e purificar o “carma” coletivo. No seu esplendor de “calor”, o Fogo é fonte de “luz”, que ilumina e resplandece nas trevas. O “Espírito Santo” é o símbolo do “Bem” e da “Verdade”, que existe em oposição às trevas que representa o “Mal” e a “Mentira”. O “Espírito Santo” invocado pelos humanos simboliza o “Estado de Consciência” atingido pela “Luz Divina” que recebe a “Iluminação”. Na essência, o “Espírito Santo” se reporta a Deus. Melhor dizer que o “Espírito Santo” representa a “Palavra de Deus”.
No Evangelho segundo São João está dito: “No começo era o Espírito, e o Espírito estava junto a Deus, e o Espírito era Deus”. Do ponto de vista esotérico, a “Trindade Santa” reúne o PAI que corresponde ao “Pensamento Divino”, o FILHO que o “Verbo Divino” e o ESPÍRITO SANTO que é a “Ação Divina”. Logo, “o Ser Humano feito à imagem de Deus” é dotado de “pensamento” (intenção), de “palavra” (vontade) e de “ação” (intenção e operação). Em sua obra escrita “O Homem de Desejo”, o rosacruciano Louis-Claude de Saint-Martin, afirma acerca do simbolismo do Pai, do Filho e do Espírito Santo: “… A relação dos centros particulares com o centro universal é o ESPÍRITO SANTO; a relação do centro universal com o centro dos centros é o FILHO; e o centro dos centros é o CRIADOR. Assim, DEUS-PAI cria os seres; DEUS-FILHO comunica a vida; e DEUS-ESPÍRITO SANTO é a própria vida”. O Espírito Santo é o “Sopro Divino” que purifica, regenera, inspira e ilumina todo ser, tanto no corpo quanto na alma humana… Pensemos nisso! Por hoje é só.
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