Cidades
Ação da Codevasf melhora qualidade de vida em comunidades rurais alagoanas afetadas pela seca

Vias pavimentadas, acessos vicinais e passagens molhadas estão contribuindo para a melhor circulação da produção agrícola e agroindustrial familiar no Baixo São Francisco alagoano, assim como para o transporte de pessoas, materiais, insumos, equipamentos e crianças rumo às escolas. A ação é da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e beneficia 252 mil moradores de comunidades rurais de Alagoas – um investimento de cerca de R$ 6,1 milhões feito com recursos do Orçamento Geral da União destinados à Codevasf por emendas parlamentares e visando ao desenvolvimento regional.
“São onze obras de infraestrutura em nove municípios alagoanos executadas diretamente pela Codevasf, além de outras cinco por meio convênios com administrações municipais”, informa Hugo Pedrosa, gerente regional de Infraestrutura da Codevasf em Alagoas, engenheiro civil e mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Com a ação, as famílias das localidades beneficiadas recebem melhores condições para superar os efeitos das estiagens prolongadas.
No povoado Gameleira – comunidade quilombola localizada no município de Olho D’Água das Flores, sertão alagoano –, a conclusão de passagem molhada e de pavimentação em paralelepípedo em uma via mudou a qualidade de vida das famílias. “Era tanta poeira! Aqui todo mundo ficava de porta fechada por conta do trânsito e da poeira”, lembra a moradora Sebastiana Vieira. “Mas, graças a Deus, depois do calçamento, tudo melhorou. Aqui, até meia-noite, passam carros, motos, tudo, porque essa via liga o povoado à Olho D’Água das Flores e a Olivença”, comemora ela, que mora na localidade com o marido, José Vieira, há 45 anos.
Para o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, com os investimentos a Codevasf dá sua contribuição para a estruturação do desenvolvimento regional nos municípios alagoanos atendidos pela Companhia no estado.
“A comunicação entre os territórios, ligando produtores, mercados e consumidores, é imprescindível em um processo de desenvolvimento regional. Significa uma mudança profunda na qualidade de vida das comunidades, no sistema transporte, na saúde coletiva, já que as melhorias eliminam o excesso de poeira e reduzem as distâncias que unem o desenvolvimento e a qualidade de vida”, afirma.
Transporte de pessoas e produtos
As onze obras de infraestrutura concluídas ou em execução pela Codevasf em Alagoas beneficiam cerca de 252 mil pessoas em diversos municípios que, a exemplo da comunidade quilombola Gameleira, terão facilitado o transporte de mercadorias e de pessoas numa região que já sofre os efeitos econômicos das secas prolongadas.
No município de Carneiros, sertão de Alagoas, a Codevasf está construindo passagem molhada sobre o riacho Salgadinho na via que dá acesso ao povoado Furnas. Em Batalha, a passagem molhada é sobre o rio Ipanema, no acesso que interliga a sede do município ao povoado Funil.
Em Penedo, duas obras de infraestrutura de acessos devem beneficiar a população do município ribeirinho do Baixo São Francisco alagoano – no povoados Capela, na comunidade quilombola Tabuleiro dos Negros e em ruas dos bairros Santa Cecília e Santa Luzia. Já nos municípios de Pão de Açúcar, Junqueiro, Santana do Ipanema e Coruripe as obras são de pavimentação em paralelepípedo; em Olho D’Água Grande, são obras e serviços para construção de praça e pavimentação de vias dos povoados Barra Dantas e Gravatá e na sede do município.
Seca severa
Todos os municípios beneficiados pela Codevasf com a ação estão entre os 40 que tiveram situação de emergência decretada pela Defesa Civil do Estado no mês passado, em virtude da estiagem.
O relatório mais recente do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA) informa que, no estado de Alagoas, as poucas chuvas que ocorreram no mês de agosto não foram suficientes para diminuir o grau de severidade da seca no Estado. “Pelo contrário, houve uma pequena expansão, em direção ao litoral, nas áreas de secas moderada, grave e seca extrema”, alerta o sistema.
Ainda assim, observa o monitor, a área de seca fraca se manteve em todo o litoral alagoano. Quanto aos impactos da seca, acrescenta o sistema, estes se mantiveram de curto e longo prazo na maior parte do Estado, com exceção de parte do litoral, onde os impacto permaneceram de curto prazo.
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