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Comunidades quilombolas e povos de terreiros se reúnem no Sertão.
Representantes de comunidades quilombolas e povos de terreiros de Alagoas participam até domingo (31), em Delmiro Gouveia, do 2º Encontro e 1ª Jornada Científica voltados para o segmento. Estudiosos e pesquisadores de todo o país iniciaram os debates nesta sexta-feira (29), sobre as questões de matrizes africanas.
A secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas, participou da solenidade de abertura do evento. “O encontro busca fortalecer a identidade étnico-racial de maneira integrada e trazendo pela primeira vez um debate entre os pesquisadores da área. O Governo do Estado trata os temas sociais de matriz africana como questão prioritária de gestão, com vista ao desenvolvimento e a inclusão social”, declarou a secretária.
Para o vice-reitor da Universidade Federal de Alagoas, José Vieira, a união entre Academia e sociedade irá fortalecer o segmento. “O evento visa o estreitamento de laços em torno do pertencimento étnico e cultural negro afro-brasileiro e alagoano”, afirmou.
Representando a Fundação Cultural Palmares e os religiosos, Mãe Baiana destacou o combate à intolerância. “Vivemos em um país laico. Devemos respeitar e construir uma sociedade consciente dos seus direitos e deveres e a favor da liberdade entre os povos”, disse.
Também compuseram a mesa de honra o diretor-geral do Campus Ufal Sertão, Agnaldo dos Santos; o vice-reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Clébio Araújo; e a presidente do Conselho Estadual de Promoção à Igualdade Racial (Conepir), Valdice Gomes.
Ao longo do dia, os participantes puderam conferir filmes ‘Sai do Sol Galego’, de Sandreana Melo; ‘Jurema’, de Clementino Júnior; e ‘Exú: Além do Bem e do Mal’, de Werner Salles; além das mostras fotográficas ‘Povos Tradicionais de Terreiro’, de Larissa Fontes; ‘Quilombos’, de Sandreana Melo, e ‘Espaço apropriado e espaço planejado no Muquém’, de Pedro Simonard. Também foram realizadas oficinas de turbantes, búzios e apresentações culturais.
Durante as mesas-redondas, foram debatidos temas como intolerância religiosa, juventude, questões agrárias e fundiárias, retrospectiva histórica e sociocultural, preservação do bem imaterial. Na ocasião, os grupos formularam uma agenda para a visibilidade das comunidades quilombolas.
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