Política
Dilma vai a reunião da ONU no Estados Unidos e deve denunciar ‘golpe de Estado’ no Brasil


Em entrevista coletiva na terça-feira (19/04), Dilma disse a jornalistas que está sendo vítima de uma “flagrante injustiça” e de um “golpe”.
(Foto: Lula Marques/ Agência PT)
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, viajará aos Estados Unidos nesta quinta-feira (21/04) para participar de uma cerimônia da ONU, onde deverá denunciar o “golpe” do qual está sendo vítima, como se refere a presidente sobre seu processo de impeachment.
Dilma participará em Nova York da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, que envolve metas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa por parte dos países signatários. Assessores da Presidência informaram à agência de notícias Reuters que, durante seu discurso na sede da ONU, a presidente deverá falar sobre seu processo de impeachment, ao qual se refere como um “golpe” contra um governo democrático e legítimo.
Segundo informações de agências de notícias, ela ficará hospedada na residência oficial do embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota, que foi ministro das Relações Exteriores no primeiro mandato de Dilma.
A previsão é de que Dilma retorne ao Brasil na sexta-feira (22/04). Em seu lugar, assumirá o vice Michel Temer.
No domingo (17/04), a oposição brasileira alcançou os 342 votos necessários para encaminhar o processo contra Dilma ao Senado, que analisa o pedido de impeachment.
Entrevista coletiva
Em entrevista coletiva na terça-feira (19/04), a presidente disse a jornalistas da imprensa estrangeira que está sendo vítima de uma “flagrante injustiça” e de um “golpe”.
“Estou sendo vítima de um processo simultaneamente baseado numa flagrante injustiça, numa fraude jurídica e política que é a acusação do crime de responsabilidade sem base legal, sem crime e, ao mesmo tempo, de um golpe”, afirmou Dilma durante o encontro no Palácio do Planalto.
A mandatária declarou que há um “veio golpista adormecido” no país, lembrando que todos os presidentes enfrentaram processos de impeachment no Congresso Nacional.
“O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se nós acompanharmos a trajetória de presidentes no meu país, do regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos”, disse.
Dilma também classificou como “terrível” a menção ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra feita pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do impeachment domingo (17/04) na Câmara dos Deputados.
“É terrível ver alguém votando em homenagem ao maior torturador que o Brasil já conheceu”, disse.
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