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Simplesmente Maria
O jornalista Rodrigo Alvarez foi, por alguns anos, correspondente da TV Globo em Jerusalém. Aproveitou a oportunidade para fazer pesquisas, através de documentos históricos, papiros e tudo, quanto fosse útil para mostrar a figura ímpar de Maria, aquela que é chamada a Mãe de Deus.
Rodrigo mantém-se, não como um fanático, mas como um historiador. Não demonstra estar provando ou comprovando o que se diz sobre Maria. Não afirma que crê ou não o que professa a Igreja Católica a respeito de Maria. É apenas um historiador.
Dele disse Dom Darci Álvares José Nicioli, bispo auxiliar de Aparecida: Rodrigo Alvarez escreveu sobre assuntos complexos de um modo popular, facilitando a compreensão e provocando reflexões. O livro será muito útil para os “iniciados” e, especialmente, para os ”neófitos” no conhecimento dos misteriosos desígnios de Deus em torno a esta singular pessoa: a Virgem Maria.
O autor do livro em referência diz que, de acordo com a tradição, eram pais de Maria: Ana e Joaquim. Não tinham filhos mas miraculosamente Ana chegou a engravidar, quando já não tinha mais esperança.
Há um capítulo do livro, intitulado A Noiva Prometida. Há a fábula dos demônios por causa do nascimento de Jesus.
O capítulo 21 tem como título: As Batalhas de Éfeso. Como se sabe, para Nestório a humanidade de Jesus seria simplesmente revestimento do Filho de Deus. Consequentemente a divindade teria passado por Maria, mas Maria não era Theotokos, ou seja, Mãe de Deus. O imperador Teodósio II convocou um Concílio Ecumênico a ser realizado em Éfeso (Ásia Menor). O Papa Celestino I foi representado por Cirilo de Alexandria. O Concílio foi aprovado pelo Papa.
Convém lembrar o que afirma o autor do livro em referência: “Os deslocamentos levavam semanas, ou até meses, dependendo do que os viajantes encontrassem pelo caminho. E nada mais comum do que alguns, famintos, exaustos ou doentes, caírem mortos e serem abandonados pela estrada”.
Já caminhando para o fim do livro, há um capítulo (28) com o título: “Dezoito vezes Lourdes”. Quem já teve oportunidade de ir a Lourdes, cidade santuário no sul da França, teve oportunidade de observar o espetáculo de dezenas de doentes, em cadeiras de rodas com sinais de fé e de esperança.
Mesmo quem não é curado, volta para o lar devidamente conformado com seu sofrimento. É maravilhosa a história das aparições a Bernadete Soubirous. Não falta referência ao que aconteceu às três crianças de Portugal e o capítulo 29 é assim escrito: Uma nuvem na copa da azinheira.
Rodrigo Alvarez não se esqueceu de trazer informações sobre o que se diz a respeito ao índio Juan Diego no México. De acordo com o que disse Nilza Botelho Megale, o retrato de Virgem de Guadalupe foi enquadrado na classe das imagens aquiropitas, isto é, não pintadas por mãos humanas.
O último capítulo do livro é assim designado: Aparecida do Brasil. Lembra o autor do livro Maria o ataque à imagem em 1978. O barro que se quebrara foi aproveitado e Helena Chartum precisou de 33 dias para a restauração da imagem.
A verdade é que causa grande interrogação: Como Rodrigo Alvarez encontrou tempo para escrever um livro simplesmente chamado Maria, um dos mais vendidos no Brasil?
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