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O último Papa, Parte I
O Último Papa é um livro de Luís Miguel Rocha, cujo tema relata a estranha morte do Papa João Paulo I (Albino Luciani), supostamente asssassinado porque iria substituir membros da Cúriqa Romana, que estavam envolvidos em “lavagem de dinheiro” com a Loja Secreta P2 (Loja Propaganda 2, uma espécie de máfia composta de homens influentes na Itália entre 1945 a 1981, funcionando na ilegalidade em violação a Constituição da República Italiana, sob a lideração de Lício Gelli, um conspirador político que pretendia assumir o controle do Estado italiano, fazendo uso de práticas crimoinosas, inclusive o colapso do Banco do Vaticano, suscitando escândalos na história da Itália). De acordo com a obra de Luís Miguel Rocha, o Papa João Paulo I havia descoberto quem eram esses membros da Igreja, através de uma lista enviada por Carmine “Mino” Pecorelli, jornalista especialista em escândalos políticos e financeiros. O Sumo Pontífice, com base nessa lista, tomou a decisão de expulsar quem estivesse envolvido nesse assunto, e, por esse motivo, terá sido assassinado. O livro faz menção a fatos hitóricos que tiveram como personagens notáveis Albino Luciani, Irmã Lúcia, Aldo Moro, Mino Pecorelli, Cardeal Villot, Bispo Paul Marcinkus, entre outros.
Segundo o autor de “O Último Papa”, a Irmã Lúcia de Jesus dos Santos (uma das meninas de Fátima/Portugal) numa conversa com Albino Luciani, quando ele ainda era cardeal, havia lhe dito que o “o verdadeiro terceiro segredo de Fátima” era o seu assassinato. Ela lhe disse: “Quanto a si, Senhor Patriarca, a Coroa de Cristo e os dias de Cristo.” Ora, após se tornar Papa, Albino Luciani viveu 33 dias, o número de anos que Jesus Cristo viveu. Luís Miguel Rocha diz ter tido acesso ao diário de João Paulo I, onde este afirma (em 20 de setembro de 1978): “Os anos de Cristo serão os meus dias. Hoje é o vigésimo quinto dia do meu Pontificado, os anos de Cristo foram trinta e três.” Em razão da revelação do “terceiro segredo de Fátima” pela boca de Irmã Lúcia, antes de ser eleito Papa, Albino Luciani, uma vez aclamado Sumo Pontífice, disse para os cardeais que o elegeram: “Que Deus vos perdoe pelo que fizeram comigo.”
Para relembrar, sabe-se que o “Secredo de Fátima” é um conjunto de revelações ditadas pela Virgem Maria a três crianças portuguesas: Lúcia (10 anos), Francisco (9 anos) e Jacinta (7 anos) – conhecidas por três pastorinhos, no dia 13 de maio de 1917, na Cova da Iria, em Fátima (Portugal). Entre maio a outubro de 1917, as três crianças deram testemunho da aparição de “uma Senhora mais brilhante do que o Sol” (que teria dito ser a Mãe de Jesus, em 13 julho), de modo que hoje ela é aclamada como Nossa Senhora de Fátima. Ela deixou “Três Segredos” com as crianças, inclusive avisou da morte de Francisco e de Jacinta. A menina Lúcia seria a guardiã desses segredos, principalmente do “Terceiro Segredo”, que só poderia ser revelado após o ano de 1960. Em sua última aparição no dia 13 de outubro de 1917, a misteriosa mulher – “mais brilhante do que o Sol” – identificou-se, diante de milhares de pessoas, como “a Senhora do Rosário” e pediu a todos que rezassem sempre, a partir desse momento, ocorreram vários milagres.
De acordo com o cardeal Joseph Ratzinger, Papa Emérito Bento XVI, na época Prefeito da Sagrada Congregação da Fé, a revelação do Terceiro Segredo de Fátima visto pela pastorinha portuguesa (Irmã Lúcia), segundo a qual “um Bispo vestido de branco (o Papa), que é ferido de morte e cai por terra”, trata-se de uma visão profética que, na opinião da religiosa, teve como principal personagem o Santo Padre João Paulo II que sofreu atentado na Praça do Vaticano. Aliás, o próprio cardeal Joseph Ratzinger concordou plenamente com a Irmã Lúcia, afirmando: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre deteve-se no limiar da morte” (Meditação com os Bispos italianos na Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994). O cardeal recordou que a Irmã Lúcia disse ao Papa João Paulo II, em 12 de maio de 1982, um ano após o atentado sofrido por ele: “A terceira parte do segredo se refere às palavras de Nossa Senhora: “Se não [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas”… Pensemos nisso! Por hoje é só.
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