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Equipe do IMA realiza fiscalização na APA do Catolé e Fernão Velho
A equipe da Gerência de Fauna, Flora e Unidades de Conservação do Instituto do Meio Ambiente (IMA) realizou uma vistoria na Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho na manhã desta terça-feira (22). A ação foi motivada por denúncias de que haviam pocilgas irregulares lançando efluentes sem tratamento na região.
Elayne Pontual
Segundo informações do assessor ambiental da APA, Marco Diniz, durante a ação os técnicos encontraram uma pocilga em Rio Novo, que recentemente havia sido interditada pelo órgão, funcionando de forma irregular. “Autuamos os responsáveis em R$ 28 mil por reincidência e demos um prazo de 30 dias para que eles se desfizessem dos animais”, explicou o assessor.
No mesmo dia, os fiscais encontraram uma fábrica de refrigerante operando sem licença ambiental. Os responsáveis foram autuados em R$ 28 mil por descarte de efluentes sem tratamento, como soda cáustica.
De acordo com Marco Diniz, as substâncias estavam sendo descartadas em um esgoto que desaguava em área de várzea. “O empreendimento não tinha fossa, nem estação de tratamento”, disse o assessor ambiental.
Animais silvestres e aterro irregular
Na última segunda-feira (21), os técnicos estiveram na APA para monitorar a região e encontraram cerca de 30 pássaros silvestres mantidos em cativeiro de forma ilegal. Entre as aves encontradas, os fiscais apreenderam espécies como maracanã, guriatã, sabiá e um casal de tuim.
Algumas aves foram apreendidas em residências particulares e os responsáveis assinaram um Termo de Entrega Voluntária. Após avaliação clínica, física e comportamental dos animais capturados, os pássaros que estavam em boas condições foram reintroduzidos na natureza. Já os animais que não estavam em condições de solturas foram transferidos para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ainda na segunda-feira, a equipe identificou um aterro irregular em Área de Proteção Permanente (APP), na margem da laguna Mundaú, em Fernão Velho. O responsável recebeu um termo de advertência e foi solicitada a remoção do material. “Como a área já era antropizada e já existia uma edificação, não autuamos. Mas, se voltarmos e o aterro ainda estiver ativo, haverá penalização”, alertou Marco Diniz.
A APA do Catolé e Fernão Velho é uma Unidade de Conservação de uso sustentável, criada em 1992. A área possui 3.817 hectares, distribuídos entre os municípios de Satuba, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e Maceió.
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