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Coronel Rocha adeus!

23/01/2016
Coronel Rocha adeus!

Na tarde do dia dezoito de janeiro de 2016, meu celular tocou e, do outro lado, Jorge Moraes comunicando que tinha acontecido  um acidente na Chã do Pilar ceifando a vida do coronel Nilton Rocha, sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI). Fiquei ouvindo os detalhes do ocorrido e, ao mesmo tempo, pensei como somos  pequenos  diante da vontade de Deus. E, por isso, recomenda-se que devemos rezar todos os dias pedindo a proteção divina.

Nesse sentido, escrevo esta crônica a fim de relembrar a bem-sucedida trajetória do militar que se destacou à frente do Comando-Geral da briosa Corporação. Primeiro, introduziu a mulher na Polícia Militar reconhecendo seus méritos. Por outro lado, sua atual companheira ( Cícera) faz parte da Instituição. E, por conseguinte, dessa união nasceram duas filhas que por certo estão inconsoláveis com a partida precoce do querido genitor.

Semanalmente, encontrávamos no Shopping Maceió para colocar os assuntos em dia. Política, cultura, o rumo do país faziam parte de nossas conversas. E, principalmente, de seus artigos que eram inseridos na Gazeta de Alagoas por recomendação do senador Fernando Collor de Mello (PDT/AL).

Coronel Rocha  nasceu no dia vinte e quatro de novembro de 1941, e, portanto, faleceu com setenta e quatro anos de idade com relevantes serviços prestados ao estado como um todo. Advogado militante, matinha um escritório na bucólica Pilar onde advogava causas cíveis com sucesso. Jornalista profissional – MTE 00176/AL – e, sendo assim, se orgulhava de fazer parte da excelsa categoria.

Às vezes, a vida nos prega surpresas desagradáveis e, consequentemente, chegamos à conclusão que nossa passagem no mundo terráqueo é rápida demais. Não somos sabedores da hora de nossa partida. É aconselhável que mesmo não percebendo devemos solicitar ao Criador a sua misericórdia. E, se possível, pedir a Ele que receba todas as almas no céu, principalmente, as que mais precisarem.

Conheci o coronel Rocha desde quando era comandante-geral da PM/AL. Naquela época, o Coordenador de Comunicação era o saudoso oficial Jaime. Daí, então, nasceu uma amizade sedimentada pelo cimento da lealdade recíproca. O tempo passou, cumprindo fielmente a sua cronologia. Sou obrigado pela decência à sua pessoa, dizer que não nos veremos mais neste planeta e, sim, no Reino de Deus. Aliás, com sua bondosa alma por certo receberá as benesses divinas eternamente.

À amiga Cícera, sua atual companheira, queira receber as minhas condolências. Não precisa dizer como estimava o colega de imprensa. E, mais, um homem erudito que se firmava com seus abalizados escritos. E, sendo assim, vários comentários eram feitos em torno dos assuntos abordados semanalmente no matutino da Organização Arnon de Mello.

Várias vezes, a seu convite, visitei a bucólica Pilar, terra de seu conterrâneo desembargador emérito Antônio Sapucaia. Naquela ocasião, sempre terminava o nosso encontro às margens da Lagoa degustando um lauto almoço patrocinado pela sua fidalga pessoa. E, depois, voltávamos a Maceió encerrando o passeio.

Nas minhas orações dominicais na Igreja de São Pedro, pedirei a Jesus Cristo que se apiede de sua alma, dando-lhe o descanso eterno. Afinal, “ Da cepa brotou a rama/ da rama brotou a flor,/ da flor nasceu Maria, / de Maria, o Salvador”.

           Quando perdemos um amigo, geralmente se fala que era uma pessoa boníssima, estimada por todos os familiares. Nascemos imperfeitos e, por isso, passamos toda vida à procura de se fazer o bem. Acontece que muitas vezes somos impedidos de cumprir a missão. No caso do coronel Rocha, por conhecê-lo de perto, presenciei fazendo o bem. Notadamente, sem pedir nada em troca. Por essas razões, fez o que pode fazer. Resta-nos tão-somente pedir a Nossa Senhora das Graças que lhe dê o descanso eterno.

Alagoas  perdeu um ilustre filho. A Polícia Militar, por sua vez, um excelente companheiro que soube cumprir com seus deveres. A sociedade alagoana ficou consternada pela partida do bom cidadão, extremoso pai, que em vida soube ser atento às suas responsabilidades civis e militares.

Ao governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB/AL), sugiro que se dê o nome de uma Rodovia, uma Unidade Escolar e/ou um empreendimento de vulto a fim de se perpetuar a memória do Coronel Nilton Rocha, levando em consideração por tudo que fez em prol da terra de Lêdo Ivo.