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Entorno de Maceió
O progresso e o desenvolvimento de uma população, depende de seus governantes, aqueles escolhidos pelo povo para as rédeas do poder. Alagoas, como berço da República, tem sido celeiro de grandes governadores, a exemplo de Arnon de Mello, Lamenha Filho, Major Luiz Cavalcante, Afrânio Lajes, Divaldo Suruagy, e tantos outros que souberam imprimir nas páginas amareladas do tempo seus nomes perpetuando-os na história, com seus feitos e trabalho em prol de sua gente. Na calenda do tempo, surge o governador Renan Filho, moço ainda, trouxe nas veias a síndrome da política, herdada dos ancestrais dos Calheiros, e vem despontando como bom gestor, podendo passar para a história como um dos grandes governadores das Alagoas, porém ainda carece de muito esforço, desvencilhando-se dos “beija mão”, tornando-se ele mesmo. O Estado carece de grandes investimentos para acelerar seu crescimento, mormente na região sertaneja, onde se concentra o maior número de desempregados, visto não existir sequer, uma indústria de grande porte que possa absorver a mão de obra disponível. Basta se ver uma matéria veiculada no jornal Gazeta de Alagoas, edição de 27/12/2015, intitulada Novas indústrias devem investir R$ 1,3 bi em Alagoas, onde toda matéria discorre com ênfase e destaque o funcionamento de algumas indústrias no Estado, gerando rendas e divisas, algumas implantadas na gestão anterior, e mais, a secretária Janine Pires, orgulhosamente, ainda relata uma recente visita juntamente com o governador Renan Filho, a São Paulo, onde visitaram 25 empresas interessadas em se instalarem em Alagoas, boa notícia e alvissareira, pois certamente, com as benesses e incentivos do governo estadual essas novas empresas gerarão novos empregos, propiciando uma condição de vida melhor aos alagoanos e suas famílias.
Mas, infelizmente, caro leitor, é que todos esses empreendimentos, só serão instalados em Maceió e seu entorno, é chover no molhado, ignorando o sertão, quando não existe nenhuma perspectiva de uma indústria para a região sertaneja, e se sabe que nas eleições, o sertão atualmente possui poder de decisão numa disputa majoritária, sendo sempre protelado, quando se trata de um investimento de grande porte, para o beneficiar. As pequenas indústrias de laticínios no sertão foram fechadas pela ação do IBAMA, haja vista as multas aplicadas serem maior do que o investimento da indústria, gerando com essa atitude, um retrocesso no desenvolvimento da região da Bacia Leiteira do Estado, o que é uma pena.
O poeta Colly Flores escreveu: “na estrada dos que fazem, existem sempre os que não acreditam”. O governo tem uma grande dívida com o sertão, pois o propalado canal do sertão, não vai ser a redenção da região, talvez o pobre não seja sequer beneficiado a contento, mas o tempo é o senhor da história. O sertão carece e necessita de investimentos que gerem renda, com indústrias, escolas de qualidade, saúde com médicos que falem a linguagem do povo, de um governo voltado para os produtores, incentivando-lhes notadamente nas áreas mais carentes, onde tudo falta, porque as ações do governo são gerenciadas por pessoas que não possuem compromisso com a sociedade, mormente a região sertaneja.
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