Política
Haddad pede ao Planalto reembolso de R$ 400 mi por obras do PAC
Ao final de uma audiência no Palácio do Planalto, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (5) que pediu ao chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o reembolso de R$ 400 milhões investidos pela capital paulista em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em uma entrevista na sede do Executivo federal, Haddad explicou que 25 obras do programa federal executadas em São Paulo receberam recursos municipais como forma de adiantamento e, agora, a prefeitura espera receber esse dinheiro de volta. Ele, no entanto, não detalhou quais foram as obras que receberam recursos da prefeitura.
“Vim apresentar ao ministro o quadro do PAC na cidade de São Paulo, as obras já licitadas e o pedido de reembolso daquilo que foi adiantado pelo município, que são R$ 400 milhões”, ressaltou o prefeito paulistano.
Indagado sobre a resposta do chefe da Casa Civil ao seu pedido, o prefeito de São Paulo disse que Jaques Wagner deverá responder na próxima que vem. “Eu não tinha nenhuma expectativa de sair com resposta. Ele [Wagner] recebeu o pedido, eu diria, com naturalidade”, enfatizou.
A reunião entre Haddad e Jaques Wagner durou pouco mais de uma hora. Segundo o prefeito, além do reembolso de R$ 400 milhões, eles discutiram outros assuntos, como a autorização para o Campo de Marte, um dos aeroportos da capital paulista, operar, a partir de 2017, somente com helicópteros; o andamento de obras do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade de São Paulo; e a criação de um novo bairro, na região onde funciona a Ceagesp.
Crise econômica
A repórteres, Fernando Haddad destacou que, mesmo 2015 tendo sido um ano “difícil” para a economia, a prefeitura de São Paulo ampliou seus investimentos de R$ 4,2 bilhões, em 2014, para R$ 4,5 bilhões no ano passado.
“A crise penaliza todo mundo, mas não podemos nos desmobilizar em função dela. É o contrário, tem que trabalhar mais”, disse.
PT
Ao deixar o encontro com o chefe da Casa Civil nesta terça-feira, Haddad também comentou a entrevista concedida por ministro Jaques Wagner ao jornal “Folha de S.Paulo” no qual o petista afirmou que “o PT reproduziu metodologias antigas e se lambuzou”. A fala do ministro gerou críticas por parte de dirigentes e militantes do Partidos dos Trabalhadores.
Questionado sobre se endossava a avaliação de Jaques Wagner sobre seu partido, o prefeito disse que concordava “com ressalvas”.
“Quando você santifica ou criminaliza toda uma agremiação, isso não faz sentido. As agremiações [partidos] são coletivas e há nelas indivíduos bons e aqueles que se desviam do bom caminho. Sobre ética, a gente tem de entender que isso é um atributo do indivíduo”, observou Haddad.
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