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Exemplo de vida
Com o falecimento do Monsenhor Odilon Amador dos Santos, pode-se dizer que houve grande comoção em Palmeira dos Índios. O dia 5 de dezembro foi o marco do término da vida terrena do mencionado sacerdote e o início da vida que não termina na eternidade feliz.
Alguém perguntou se o Monsenhor Odilon era palmeirense. Respondi que não. Mas era palmeirense pelo convívio e pelo amor. Resolvi escrever algo sobre o nosso pranteado sacerdote, servindo-me da publicação feita em 2005 (Edições Facesta), quando do jubileu de ouro do sacerdote.
Os pais de Odilon chamavam-se Manoel Amador dos Santos Filho e Maria da Pureza Barros. Irmãos: Pedro, Francina, Francisco, Agripino, José, Júlio, Fidelcina e João.
Local do nascimento: Fazenda Pilões, pertencente ao Município de Pão de Açúcar. Data do nascimento 28 de março de 1928. No ano de 1933, o portador de um cangaceiro esteve na propriedade dos pais do menino Odilon, pedindo certa quantia para deixá-los em paz.
O pedido foi negado e Manoel Amador resolveu comprar uma casa em Pão de Açúcar para livrar-se e livrar a família. Meses depois, um grupo de cangaceiros invadiu a casa da fazenda e feriu um empregado. Outro empregado levou um tiro no ouvido, tombou e morreu. Luiz Maravilha era o seu nome. Quando o cadáver foi levado a Pão de Açúcar, Maria da Pureza, mãe de Odilon, ficou traumatizada, adoeceu e, após um ano, faleceu. Consequentemente o pequeno Odilon, com cerca de 6 anos de idade, tornou-se órfão de mãe.
O Padre Fernando Medeiros, então pároco de Pão de Açúcar, encaminhou o menino Odilon para o Seminário Metropolitano de Maceió, no ano de 1941. Nas férias do fim de ano, o candidato ao sacerdócio adoeceu e passou um ano afastado dos estudos e do Seminário.
Depois desse interregno, volta para o Seminário e aí prosseguiu os estudos, chegou ao Diaconato, quando foi enviado para o Seminário de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Terminados os estudos com eficiência, regressa a Pão de Açúcar. Recebe a Ordenação Sacerdotal do então bispo de Penedo, Dom Frei Felício da Cunha Vasconcelos. O pároco de Pão de Açúcar era o Padre Luiz Ferreira Neto que organizou o coral com várias crianças com o nome de “Canarinhos de Pão de Açúcar”.
A ordenação foi realizada no dia 6 de janeiro de 1955. No dia 19 de março de 1955 (Dia de São José), chegou a Palmeira dos Índios, para auxiliar Monsenhor Macedo. Chegou para ficar. Jaz o seu corpo bem perto da Catedral, onde ele por muitos anos esteve como pároco.
Lhano, culto, educado, atendia a todos com cortesia. Mobilizava a paróquia para importantes eventos e deixou a marca de seu trabalho até mesmo na reforma da Catedral.
Passou momentos difíceis em sua vida. Amparou-se na proteção da Virgem do Amparo. Uma de suas características: visitar os paroquianos quando estes passavam por complicados problemas. Padre Odilon, o seu apostolado foi exemplo de vida.
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