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40 anos das Claretianas

13/11/2015
40 anos das Claretianas

O trabalho diário é o mentor dos capítulos que fazem a história dos homens e mulheres, é assim que a história vai se fazendo. Existem pessoas que nascem predestinadas para grandes coisas, que mesmo na simplicidade do que fazem, deixam seus nomes inscritos no bronze da história e na perenidade dos tempos, como sabiamente, escreveu o imortal Dr. Tobias Medeiros: “a história é a perpetuidade dos que se foram em glorificação e orientação aos que ficarem e haverão de vir”. Assim foi Madre Leônia Milito, religiosa italiana de Sapre, antiga região da Calábria da velha Europa, que trouxe a vocação para a vida no claustro, e se sentiu instigada a fundar uma congregação religiosa, cujo alvitre, de inicio, fracassou, mas no silêncio de sua alma abrasada de uma fé inquebrantável, Madre Leônia Milito, chegou ao Brasil em 1958, na região de Londrina, estado do Paraná, e encontrou na pessoa de Dom Geraldo Fernandes Bijus, mineiro das alterosas, e como primeiro bispo de Londrina, homem sábio e santo, juntou seu ideal ao de Madre Leônia Milito, mulher virtuosa e disponível aos planos de Deus, e juntos, fundaram a congregação religiosa de Santo Antônio Maria Claret, menino que conversava com Nossa Senhora. Essa congregação cresceu e deu frutos sazonados na esteira dos anos nesses 57 anos de difusão da palavra de Deus tem arrebanhado inúmeras vocações espalhadas por vários países sempre ao lado dos mais pobres, cumprindo as palavras do Mestre, o que fizerdes ao menor dos pequeninos, é a mim que o fazeis, pois as religiosas Claretianas têm por lema “bondade e alegria”, e esse carisma se via estampado no rosto meigo e angelical de seus fundadores e companheiras. Tanto Dom Geraldo Bijus quando Madre Leônia já estão na eternidade usufruindo dos eflúvios divinos, e em processo de canonização, pois a semente plantada por eles não foi em vão, centuplicou como a do Evangelho.

Sentido a necessidade de mãos para lhe ajudar nas tarefas da paróquia, o virtuoso Monsenhor Moisés Vieira dos Anjos (1903-1996), trouxe para a paróquia de Olho d’Água das Flores, uma célula das claretianas no dia 27 de setembro de 1975, há 40 anos! A festa de posse foi apoteótica, estavam presentes o primeiro bispo de Palmeira dos Índios, Dom Otávio Barbosa Aguiar, Dom Miguel Fenelon Câmara Filho, Arcebispo de Maceió, pregador da solenidade, Monsenhor Moisés dos Anjos, Madre Leônia Milito e Madre Tarcísia Gravina, fazendo-se acompanhar das religiosas destinadas a trabalharem na comunidade olhodaguese, Irmã Leonilce Ângela Zilli, (superiora), Irmã Mariana Lopes Carreiro e Irmã Teresa Francisca Pereira. Hoje 40 anos depois, cerca de 37 religiosas já passaram por essa paróquia, todas tem feito um trabalho valioso e edificante junto as famílias ao lado do Padre Clodoaldo Almeida, atualmente trabalha na paróquia, as religiosas Irmã Olga Hermelina de Souza (superiora), Irmã Maria José da Silva, Irmã Ana Aparecida Ferreira e Irmã Genilda M. Xavier, pessoas queridas pela comunidade que vem fazendo um relevante trabalho junto aos mais necessitados. E em sinal de gratidão, e para comemorar a caminhada desses 40 anos das religiosas claretianas junto ao povo, a comunidade convidou o bispo da Diocese Dom Ducênio de Matos e a Provincial Irmã Vilma Maria Bernardino, além de outras religiosas que com o padre Clodoaldo Almeida e a prefeita do município Maria Ester Damasceno Silva participaram de uma missa em ação de graças pela permanência das religiosas na comunidade. O bispo Dom Ducênio de Matos enalteceu as qualidade e o trabalho das claretianas, enquanto a provincial Irmã Vilma Maria Bernardino, se disse satisfeita e agradecida pela acolhida da comunidade junto as religiosas, e que toda aquela manifestação de agradecimento, traduzia-se na fé de cada um, cuja semente plantado por Dom Geraldo e Madre Leônia Milito, continua dando flores e gerando frutos. O livro dos Salmos em 101,19 preceitua: “escrevam-se estes fatos para a geração futura”.