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Líbano em luto nacional um dia após atentado que fez mais de 40 mortos

Os libaneses estão em luto nesta sexta-feira (13), um dia após o atentado que deixou mais de 40 mortos e centenas de feridos na periferia da capital Beirute. O ataque, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), visando um dos redutos do Hezbollah, está sendo considerado um dos mais violentos desde o fim da guerra civil no Líbano. A comunidade internacional condenou o episódio.
O premiê libanês, Tamam Salam, decretou dia de luto nacional. Segundo o novo balanço divulgado pela Cruz Vermelha e pela polícia libanesa, o duplo atentado suicida na periferia sul de Beirute deixou pelo menos 43 mortos e pelo menos 200 feridos, muitos deles em estado grave. O ataque é o mais sangrento contra um reduto do movimento xiita libanês Hezbollah, que apoia desde 2013 o regime sírio de Bashar al Assad.
Nas últimas horas da tarde de quinta-feira (12), dois homens a pé detoraram seus cintos explosivos em frente a um centro comercial do bairro Burj al Barajne. O exército informou ter encontrado morto um terceiro terrorista, que não conseguiu detonar o artefato que levava consigo.
A Casa Branca e as Nações Unidas condenaram os ataques “terroristas horríveis” em Beirute. “Os Estados Unidos se manterão firmes ao lado do governo do Líbano”, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança Ned Price. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou o ataque de “ato depreciável” e convocou os libaneses a “continuar trabalhando para preservar a segurança e a estabilidade” do país.
Ban também reafirmou “o apoio da ONU às instituições libanesas, entre as quais as forças armadas e os serviços de segurança, em seus esforços para garantir a segurança do Líbano e de sua população”.
Retaliação por apoio ao regime sírio
Entre julho de 2013 e fevereiro de 2014, nove atentados foram registrados contra redutos do Hezbollah em regiões fiéis ao movimento. A maioria dos ataques foram reivindicados por grupos jihadistas que agiam em represália à decisão do Hezbollah de enviar milhares de combatentes em apoio a Assad.
Há menos de um mês, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, voltou a defender o engajamento na Síria, que qualificou de “batalha essencial e decisiva”. O chefe do movimento xiita admitiu que o combate no território sírio “pode ser longo”, mas ressaltou que ele é necessário para “proteger” a região.
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