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Exposição ‘Terra’, de Sebastião Salgado, permanece no Misa até 13 de outubro

02/10/2015
Exposição ‘Terra’, de Sebastião Salgado, permanece no Misa até 13 de outubro
Sebastião Salgado funde elementos documentais do fotojornalismo à emoção da pesquisa pontuada por uma arqueologia visual que reflete a condição humana e sua inter-relação com a política e a economia.

Sebastião Salgado funde elementos documentais do fotojornalismo à emoção da pesquisa pontuada por uma arqueologia visual que reflete a condição humana e sua inter-relação com a política e a economia.

 A exposição “Terra”, do fotógrafo Sebastião Salgado, instalada no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), permanece aberta para visitação do público até o dia 13 de outubro, em razão da crescente visitação e solicitação de agendamento de escolas para visita. A mostra, lançada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) no início de setembro, apresenta a cartografia de não-resignação dos camponeses sob o olhar do renomado fotógrafo.

 
As imagens retratam o cotidiano dos trabalhadores rurais e relatam a trajetória de luta, sonho e resistência do Movimento Sem-Terra. São 30 cenas capturadas em preto e branco, entre os anos de 1980 e 1996, em comunidades localizadas no Sul da Bahia, Norte do Pará, e na região Sul do país, em constante situação de vulnerabilidade social e força coletiva.
 
Sebastião Salgado funde elementos documentais do fotojornalismo à emoção da pesquisa pontuada por uma arqueologia visual que reflete a condição humana e sua inter-relação com a política e a economia.
 
“Abrir as portas do nosso museu para receber obras tão relevantes de um fotógrafo reconhecido e premiado internacionalmente como Sebastião Salgado é motivo de muito orgulho. Salgado se destaca por seu olhar atento e diferenciado às questões do dia a dia do trabalhador rural”, destacou a secretária Mellina Freitas.
 
Sebastião Salgado
 
Economista mineiro, nascido em 1944, migrou para a fotografia onde construiu uma sólida carreira. Radicado em Paris há mais de 40 anos passou pelas principais agências de imagens do mundo, dentre elas Sigma, Gama e Magnum. Premiado internacionalmente, realizou trabalhos – publicações e exposições – fundamentais para a compreensão dos movimentos de diferentes populações no mundo.
 
Êxodos, África, Trabalhadores, Outras Américas, Terra, Gênesis, dentre outros. Criou juntamente com a esposa, a arquiteta Lélia Wanick Salgado, o Instituto Terra, em Aimorés, voltado para projetos de recuperação de nascentes e reflorestamento de áreas degradas. Em 2014, o cineasta alemão Win Wenders dirigiu, em parceria com Juliano Ribeiro Salgado, o documentário franco-ítalo-brasileiro O Sal da Terra, que aborda a trajetória do fotógrafo.