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Naufrágio perto de ilha grega deixa pelo menos 28 mortos
Pelo menos 28 pessoas, incluindo um bebê, morreram afogadas quando um barco com mais de cem pessoas afundou perto da ilha grega de Farmakonisi, em mais uma tragédia relacionada ao fluxo de imigrantes para a Europa.
De acordo com a agência de notícias da Grécia ANA, o barco afundou com 112 pessoas a bordo. As autoridades já confirmaram 28 mortes e resgataram 68 pessoas do mar com vida. Mais 29 conseguiram nadar até a costa da pequena ilha no sul da Grécia.
A guarda costeira está ainda à procura de quatro crianças desaparecidas depois de outro barco ter afundado próximo à ilha grega de Samos, perto da costa da Turquia.
Estas últimas tragédias se somam à morte de muitos refugiados, incluindo um menino de 3 anos, cuja fotografia do corpo numa praia da Turquia tornou-se símbolo da crise migratória que a Europa enfrenta devido ao elevado número de refugiados que tentam fugir da guerra em seus países, principalmente na Síria.
Desde o começo do ano, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações, mais de 430 mil migrantes chegaram à Europa e 2.748 morreram ou desapareceram no trajeto.
A notícia do novo naufrágio surge também no contexto de críticas de vários políticos europeus à maneira como a Grécia e a Turquia têm protegido suas fronteiras, que delimitam também a União Europeia. Autoridades gregas e turcas rejeitam as críticas.
“A Grécia está aplicando rigorosamente os tratados europeus e internacionais, sem ignorar a humanidade da situação”, disse a primeira-ministra do governo de transição Vassiliki Thanou, durante uma visita a Lesbos, ilha grega que tem atualmente mais refugiados que habitantes, de acordo com a imprensa internacional.
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu ontem (11) que Atenas faça mais esforços para proteger as fronteiras externas. “Temos uma segundo fronteira externa, que é entre a Grécia e a Turquia, onde precisamos de proteção. E esta proteção, neste momento, não está sendo garantida.”
“A Grécia tem de levar a cabo a sua responsabilidade. Vamos também falar com a Turquia”, disse a alemã.
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