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Peritos criminais participam de capacitação sobre uso do tacógrafo


O uso de tacógrafo foi tema de palestra devido à significativa quantidade de exames solicitados em acidentes, cujo equipamento é essencial para esclarecer a dinâmica do caso (Fotos: Divulgação e Ascom Perícia)
Responsáveis por fazer a perícia no local de acidentes de trânsito com vítimas fatais, os peritos criminais participaram na manhã desta quinta-feira (6), de uma palestra sobre o tacógrafo, um dispositivo empregado em veículos para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade desenvolvida. A apresentação, idealizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Criminalística, foi realizada no auditório da Perícia Oficial por um representante do equipamento.
Criado desde 2010, o grupo desenvolve atividades de capacitação e atualização nas mais variadas áreas de criminalística. A coordenação do grupo escolheu este tema devido à significativa quantidade de exames solicitados em acidentes, cujo tacógrafo é essencial para esclarecer a dinâmica do caso.
No ano passado, os IMLs de Maceió e de Arapiraca registraram 800 vítimas fatais por acidente de trânsito. Em um único caso, ocorrido com uma van na zona rural de Penedo, foram registradas oito mortes e 13 feridos. Este ano até o mês de julho, as unidades registraram 416 óbitos, três dessas vítimas eram crianças que foram esmagadas por uma carreta que caiu de uma ponte sobre casas em Jequiá da Praia.
O palestrante do evento foi Arlindo Nobre, representante da empresa Painel Instrumentos, que esteve em São Paulo recentemente participando de um curso de aperfeiçoamento sobre o que há de mais moderno na área. Ele falou sobre legislação, o conceito do tacógrafo, os modelos mecânico, eletrônico e digital, a aferição e adaptação, como são feitos os registros de velocidade, tempo e distância e qual o procedimento correto para abertura do equipamento e leitura do disco.
“A partir de hoje, eles terão uma noção de como fazer a leitura do tacógrafo, identificar seus defeitos, as alterações e também realizar a coleta correta dos dados”, afirmou Nobre.
Para Victor Cavalcante, um dos peritos criminais que organizaram a palestra, o evento foi muito importante para os integrantes do IC, porque demonstrou na prática como lidar com esses tipos de vestígios no local do acidente, assim como, permitiu também melhorar a forma correta de coletar as informações contidas nos discos dos equipamentos e identificar possíveis adulterações.
“Em muitos acidentes percebíamos a dificuldade do perito na coleta de dados, e por entender essa carência decidimos convidar o Nobre para que ele nos mostrasse esta ferramenta que é objeto decisivo para identificar a velocidade do veiculo e a elucidação da causa determinante do acidente. Agora também poderemos identificar se houve possíveis adulterações na marcação da velocidade real do veiculo e que podem prejudicar a análise feita por parte do perito,” explicou Victor.
A palestra marca a retomada do grupo que está montando uma agenda fixa com vários debates, seminários e cursos para os peritos criminais. A ideia é qualificar para melhorar o trabalho realizado pelas equipes no combate à criminalidade em Alagoas.
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