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IGP-M, a inflação do aluguel, avança 6,97% em doze meses

30/07/2015
IGP-M, a inflação do aluguel, avança 6,97% em doze meses
O IGP-M é muito usado como referência para a correção de valores de contratos (Foto: Reprodução)

O IGP-M é muito usado como referência para a correção de valores de contratos (Foto: Reprodução)

 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,69% em julho, frente a 0,67% em junho. Em julho de 2014, o índice teve variação negativa de 0,61%. No ano, a taxa acumulada é de 5,05% e, em 12 meses, de 6,97%. O IGP-M é muito usado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
Calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, o índice é composto por três taxas: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com 10%.
A inflação medida pelo IGP-M ficou levemente superior àquela do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que foi de 0,59%. O índice mede preços coletados entre 12 de junho e 14 de julho. Em 12 meses, no entanto, a inflação pelo IPCA é muito superior, de 9,25%.

DESACELERA INFLAÇÃO DE ALIMENTOS AO PRODUTOR

Um dos componentes do IGP-M, o índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,73%, forte aceleração frente aos 0,41% do mês anterior. No caso de bens finais, no entanto, a inflação desacelerou de 0,60% em junho para 0,46% em julho. Quem mais influenciou nessa desaceleração foi o subgrupo de alimentos in natura, cuja alta caiu de 1,80% para 0,96%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,60% em julho, frente a 0,83% em julho. A principal desaceleração ocorreu no grupo Despesas Diversas, cuja alta passou de 5,47% para 0,52%. Houve influência do item jogo lotérico, cuja alta de preços despencou de 49,37% em junho para 1,58% em junho.
No último dia 22, o IBGE divulgou o IPCA-15 de julho. Considerado a prévia da inflação oficial, o índice ficou em 0,59%, o que representa uma desaceleração frente à alta de 0,99% de junho. A taxa, no entanto, foi a mais elevada para o mês em cinco anos, desde 2008. Em 12 meses, a inflação acumulada foi de 9,25%, a mais alta desde dezembro de 2003, quando ficou em 9,86%. Entre janeiro e julho de 2015, a alta de preços foi de 6,90%. Assim, a inflação acumulada nos sete primeiros meses do ano pelo IPCA-15 já está acima do teto da meta de inflação do governo, que é de 6,5%.
O IPCA de julho, que é a inflação oficial do país, será divulgado no dia 7 de agosto. Pela 15ª semana seguinte, os economistas ouvidos pela pesquisa Focus, do Banco Central, elevaram a previsão de inflação para este ano. A projeção para o IPCA passou de 9,15% para 9,23%. Há um mês, a sondagem indicava que 2015 terminaria com uma inflação de 9%. Para 2016, os economistas mantiveram a mesma taxa de semana passada: 5,40%.