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Encontro discute plano e nova proposta pedagógica para educação prisional em Alagoas

Uma nova proposta para a educação prisional em Alagoas. Esta será a pauta dos dois dias do I Encontro Estadual de Educação nos Espaços de Privação de Liberdade, que teve início nesta quinta-feira (25) no Maceió Mar Hotel, na capital alagoana e que prossegue até esta sexta (26).
O evento, organizado por meio de parceria entre as secretarias de Estado da Educação e Defesa Social e ministérios da Justiça e Educação, reúne educadores e representantes do sistema prisional alagoano.
Na discussão dois pontos: a atualização do Plano Estadual de Educação nas Prisões e a construção de um projeto político-pedagógico para a modalidade.
“Construímos o plano em 2012 e o mesmo foi avaliado pelos ministérios da Educação e da Justiça. Agora, vamos atualizar o documento para o biênio 2015-2017. Também iremos conhecer a configuração da Escola Paulo Jorge, que organiza a oferta pedagógica no sistema prisional e unidades de cumprimento de medida socioeducativa alagoanas. Hoje, a escola atente ao regime fechado, mas a ideia é expandir sua abrangência também para o semi-liberto”, informa Leilson Oliveira, técnico da Superintendência de Políticas Educacionais da SEE.
Novo olhar
O segundo dia do encontro será dedicado à primeira etapa da construção do projeto político pedagógico de escolarização em unidades prisionais do estado. Neste primeiro, haverá uma interlocução entre grupos de trabalho envolvendo educadores e representantes do sistema prisional.
“Após estes grupos se reunirem, partiremos para a segunda etapa, que consiste na consulta direta aos alunos apenados e, por fim, a elaboração do projeto”, adianta Leilson.
Pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com mais de 18 anos de experiência nesta modalidade, a professora doutora Elenice Cammarosano diz que, para a construção de uma proposta pedagógica eficaz, é preciso ouvir as demandas de professores e reeducandos.
“É preciso escutar estas pessoas, saber que educação desejam. Este projeto deve ser socializador e emancipador, conectando-as com a realidade existente além dos muros das prisões”, afirma.
O secretário adjunto de Ressocialização, Marcos Sérgio de Freitas, também acredita nesta proposta. “A educação tem um papel fundamental na ressocialização do apenado e este encontro reforça nossa crença no poder transformador do conhecimento”, declara.
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