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Encontro discute plano e nova proposta pedagógica para educação prisional em Alagoas

25/06/2015
Encontro discute plano e nova proposta pedagógica para educação prisional em Alagoas
O segundo dia do encontro, nesta sexta, será dedicado à primeira etapa da construção do projeto político pedagógico de escolarização em unidades prisionais do estado (Fotos: Valdir Rocha)

O segundo dia do encontro, nesta sexta, será dedicado à primeira etapa da construção do projeto político pedagógico de escolarização em unidades prisionais do estado (Fotos: Valdir Rocha)

Uma nova proposta para a educação prisional em Alagoas. Esta será a pauta dos dois dias do I Encontro Estadual de Educação nos Espaços de Privação de Liberdade, que teve início nesta quinta-feira (25) no Maceió Mar Hotel, na capital alagoana e que prossegue até esta sexta (26).
O evento, organizado por meio de parceria entre as secretarias de Estado da Educação e Defesa Social e ministérios da Justiça e Educação, reúne educadores e representantes do sistema prisional alagoano. Na discussão dois pontos: a atualização do Plano Estadual de Educação nas Prisões e a construção de um projeto político-pedagógico para a modalidade.
“Construímos o plano em 2012 e o mesmo foi avaliado pelos ministérios da Educação e da Justiça. Agora, vamos atualizar o documento para o biênio 2015-2017. Também iremos conhecer a configuração da Escola Paulo Jorge, que organiza a oferta pedagógica no sistema prisional e unidades de cumprimento de medida socioeducativa alagoanas. Hoje, a escola atente ao regime fechado, mas a ideia é expandir sua abrangência também para o semi-liberto”, informa Leilson Oliveira, técnico da Superintendência de Políticas Educacionais da SEE.

Novo olhar

O segundo dia do encontro será dedicado à primeira etapa da construção do projeto político pedagógico de escolarização em unidades prisionais do estado. Neste primeiro, haverá uma interlocução entre grupos de trabalho envolvendo educadores e representantes do sistema prisional.
“Após estes grupos se reunirem, partiremos para a segunda etapa, que consiste na consulta direta aos alunos apenados e, por fim, a elaboração do projeto”, adianta Leilson.
Pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com mais de 18 anos de experiência nesta modalidade, a professora doutora Elenice Cammarosano diz que, para a construção de uma proposta pedagógica eficaz, é preciso ouvir as demandas de professores e reeducandos.
“É preciso escutar estas pessoas, saber que educação desejam. Este projeto deve ser socializador e emancipador, conectando-as com a realidade existente além dos muros das prisões”, afirma.
O secretário adjunto de Ressocialização, Marcos Sérgio de Freitas, também acredita nesta proposta. “A educação tem um papel fundamental na ressocialização do apenado e este encontro reforça nossa crença no poder transformador do conhecimento”, declara.
Também participam do evento Letícia Maranhão, coordenadora da Apoio ao Ensino do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão ligado ao Ministério da Justiça; Andréa Rodrigues, diretora de Educação, Produção e Laborterapia do Sistema Prisional e Mônica Sarmento, coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Educação.