150 trabalhadores rurais bloqueiam um trecho da AL 220, próximo ao presídio Luiz de Oliveira Souza (foto: rotadosertao.com.br)

Em novo ato denunciando a falta de água nos assentamentos e acampamentos da região próxima ao município de Arapiraca, cerca de 150 trabalhadores e trabalhadoras rurais bloqueiam um trecho da rodovia AL 220, próximo ao presídio Luiz de Oliveira Souza.
“Continuamos sem nenhuma gota de água potável nas nossas áreas e mais uma vez é preciso que a gente faça esse ato de denúncia pelo descaso que estamos vivenciando aqui na região”, disse José Roberto Souza, da direção do MST.
Essa é mais uma ação dos Sem Terra da região que questionam o abastecimento de água nas áreas de Reforma Agrária de Arapiraca e do entorno.
Na ação mais recente, os manifestantes ocuparam a sede da CAB – Águas do Agreste, empresa responsável, através de Parceria Público-Privada, pela gestão de abastecimento de 10 cidades da região por 30 anos, onde denunciaram o destino da água que, segundo os camponeses, está a serviço da mineração, beneficiando a empresa Vale Verde.
Desde 2009, o MST vem denunciando os impactos deste e outros projetos capitalistas no campo alagoano, que resultam em degradação ambiental e afeta diretamente as famílias da região, comumente negligenciadas pelo poder público.

SEDE – “Não dá para aceitarmos calados que enquanto passamos sede, as grandes empresas estão sendo beneficiadas por um serviço que deveria atender ao povo do Agreste que hoje sofre na pele as consequências da má distribuição da água”, reforçou José Roberto.