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A Saga dos Veiga (XLVII)

14/03/2015
A Saga dos Veiga (XLVII)

    O bravo lusitano Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga, meu trisavô, aportou no Valle do Parayba nos idos de 1838 vindo de Vitória do Santo Antão (PE). Segundo o primo/irmão doutor Judá Fernandes de Lima,  … “adquiriu terras de um certo Padre Manoel Marques onde edificou a Capela de São Lourenço, do qual era devoto extremado e, por conseguinte, construiu o famoso Sobradão dos Veiga, bem como a Casa-Grande que ainda hoje perdura na cidade de Paulo Jacinto.”
Paralelamente, fundou o vilarejo, que, por sua vez, durante 74 anos ficou conhecido como    Vila Lourenço. Com o advento da linha férrea pelos ingleses(1912), em face de já existir uma parada Lourenço de Albuquerque passou a denominar-se Vila de Paulo Jacinto pertencente ao município de Quebrangulo. Tornando-se independente no dia dois dezembro de 1953. Ano que assinala  a morte do escritor quebrangulense Graciliano Ramos.
Dando prosseguimento ao clã dos Veiga de Paulo Jacinto, na linha ascendente figurou Luís Veiga de Araújo Pessoa, meu bisavô, que, por sinal, com seu tino administrativo ampliou os domínios da família. “ Modernizou o Sobradão, reestruturando-o dando-lhe ares de mansão colonial, com sua vistosa fachada de dez janelas no pavimento superior. Reformou o criativo passeio elevado, que conectava o Sobradão à Igreja.” Deve-se salientar que essa afirmação consta no livro “Um Genuíno Tangerino”, página 60.
Falecendo precocemente, assumiu o comando José Luís da Veiga Lima, meu avô materno, casando-se cinco vezes deixando uma grande prole constituída de quatorze filhos, a saber: João, Luís, Antonina (Nina), Mário Veiga, Maria Veiga Sandes, Gertrudes Magna de Lima Costa, Maria Romeira Veiga Costa, Maria José Veiga Rocha( minha genitora),   Rosa Veiga Costa Barros, Ernestino da Veiga ( Teco),Júlio da Veiga Lima, Lourenço da Veiga Lima, Taciana Veiga Calado e Sebastião da Veiga Lima.
O patriarca capitão Cazuza, além de aumentar os descendentes dos Veiga de Paulo Jacinto, vendeu os dois engenhos de açúcar que herdara, dando ênfase à plantação de algodão e, ao mesmo tempo, ampliou o domínio  econômico adquirindo outras terras com a criação de gado.
Notadamente, minha mãe Maria Veiga casou-se com o pecuarista João Cícero Laurentino da Rocha e, portando, brotaram sete rebentos a saber: Tabita/José Tadeu (IN MEMORIAN), Professora Maria de Jesus Veiga Costa, economista/advogado Cícero Veiga, poeta/escritor Nilson Fernando, economista /Professor de Economia /Cesmac, Laurentino Veiga, e, finalmente, a Professora Tereza Veiga, radicada na terra de Tobias Barreto.
Nasci na então Vila de Paulo Jacinto em 1946. À época, pertencia ao município de Quebrangulo. Logo, sou conterrâneo do Mestre Graça escritor consagrado nacionalmente. E, dessa forma, herdei um pouco da arte de escrever  na qualidade de cronista.
Escrever sobre minha família de Paulo Jacinto é, antes de tudo, uma honra muito grande. Afinal, meus ancestrais deixaram marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar. Organização: Francis Lawrence.