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Ataque de Israel mata três comandantes do Hamas e grupo promete vingança

21/08/2014
Ataque de Israel mata três comandantes do Hamas e grupo promete vingança

Veículos militares israelenses em território da Faixa de Gaza; ataque nesta madrugada matou três comandantes do Hamas

Veículos militares israelenses em território da Faixa de Gaza; ataque nesta madrugada matou três comandantes do Hamas

  As Brigadas Azedim al-Qassam, braço armado do Hamas, prometeram nesta quinta-feira (21/08) vingar a morte de três comandantes, atingidos nesta madrugada por disparos da aviação de guerra israelense contra um edifício da cidade de Rafah, no sul de Gaza. A operação foi elogiada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Os três comandantes – Muhamad Abu Shamala, Raed al-Attar, Mohamad Barhum – morreram após a aviação de guerra israelense disparar cinco mísseis sobre uma casa na cidade, que é vizinha à fronteira com o Egito. O bombardeio matou ainda cinco civis e deixou pelo menos quarenta pessoas feridas.
Em um comunicado divulgado na internet, as brigadas disseram que Israel “pagará um enorme preço pelo assassinato”. “Israel pagará um alto preço (por esta ação) e pelos crimes que perpetra contra o povo palestino. O único que causa este tipo de ação é fortalecer nossa determinação de seguir lutando”, afirmou a organização.
Netanyahu, por sua vez, elogiou o ataque e afirmou que a ofensiva em Gaza “até que Israel alcance seus objetivos de segurança”. A operação já deixou cerca de 2.050 palestinos mortos, a maioria civis. “A extraordinária informação de inteligência do Shin Bet [serviço secreto israelense], ao lado da ação das Forças Armadas, nos permitiu realizar esta operação para golpear os líderes do Hamas que planejavam ataques contra cidadãos israelenses”, disse.
Muhamad Abu Shamala e Raed al-Attar eram alvos prioritários de Israel, especialmente o primeiro, que de acordo com o serviço de inteligência participou da captura em 2006 do soldado israelense Gilad Shalit. Barhoum, segundo Tel Aviv, era um dos responsáveis pela logística de entrada de armas na Faixa de Gaza e pela arrecadação de fundos na Síria.
Somente desde que o quarto cessar-fogo foi rompido na terça-feira (19/08), cerca de 30 palestinos, a maioria civis, já morreram em ataques das Forças Armadas israelenses.