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Estado discute plano de ação para evitar surtos de diarreia

29/03/2014
Estado discute plano de ação para evitar surtos de diarreia

  oficinasaude  Com o objetivo de discutir um Plano de Ação para evitar surto de diarreia nos estados do Semiárido do Nordeste, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta sexta-feira (28), em Maceió, uma oficina de trabalho, com o objetivo de construir um plano de ação. A iniciativa contou com a participação de gestores e técnicos da Saúde e representantes do Ministério da Integração, Casal e do Exército.
Devido às consequências da epidemia ocorrida no ano passado, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, alertou sobre a necessidade de reavaliar a assistência, seja na captação precoce dos casos ou no manejo adequado com o paciente com quadro diarreico. “As ações de prevenção e controle devem manter os casos sob monitoramento”, disse a superintendente.
De acordo com a secretária adjunta do Estado da Saúde, Sylvana Medeiros, a reunião teve a proposta de definir as responsabilidades intersetoriais. “Nesse sentido, é fundamental consolidar o controle social para avançar com as ações e prioridades do Estado. Essa participação do cidadão na gestão pública contribui efetivamente para a melhoria dos dados, evitando óbitos”, afirmou a gestora estadual.
Durante o encontro, a secretária executiva do Ministério da Saúde (MS), Sandra Viana, destacou que é importante compartilhar desafios. Segundo ela, são nove oficinas realizadas no Nordeste, com o intuito de efetivar o controle social, a partir do diálogo entre as instituições que têm a responsabilidade de garantir a qualidade da água. “Antes de efetivar as ações emergenciais, a ação universal de garantir água e rede de esgoto para todos é da esfera municipal”, esclareceu, conforme a legislação.
“É preciso que o município exerça o seu papel”, falou a procuradora geral da República em Alagoas, Roberta Bonfim. Na visão do Ministério Público, a melhoria deve se destinar à preservação das nascentes, ao cuidado com os lixos, à capacitação dos profissionais e à cobertura da rede básica e hospitalar que é ofertada.

Diarreia – Muitas vezes considerada normal, a diarreia é, na verdade, uma doença diarreica aguda, que está entre as principais causas de morbidade e mortalidade infantil no mundo. Segundo a gerente da Unidade de Vigilância Hídrica e Alimentar do MS, Rejane Alves, “a meta é reduzir o número de óbitos, com maior ocorrência em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento”, esclareceu.
A oficina debateu ainda temas como a qualidade da água para consumo humano, as ações de saúde ambiental e saneamento e a organização dos serviços e fluxos dos usuários na rede de assistência à saúde. As discussões sobre as dificuldades e potencialidades para enfrentar os surtos de diarreia com o enfoque da Vigilância Ambiental, Assistência à Saúde e Epidemiológica foram abordadas em grupos de trabalho, que finalizou com a construção do plano de apoio ao enfrentamento dos surtos de diarreia em Alagoas.
Também participaram da solenidade de abertura da oficina, a vice-presidente do Cosems, Michele Oliveira; o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Benedito Alexandre; o chefe do Serviço de Saúde Ambiental da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), José Carlos Freire; e, representando o Exército, o tenente-coronel José Ivaldo.