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‘Habitação de Alagoas evoluiu porque a população foi ouvida’, afirmam movimentos sociais

19/03/2014
‘Habitação de Alagoas evoluiu porque a população foi ouvida’, afirmam movimentos sociais

Encontro lideres comuniariosO recorde de 50 mil novas moradias construídas, a atenção às necessidades do povo e o diálogo permanente com as comunidades. Esses são os grandes diferenciais apontados por lideranças de movimentos sociais quando se fala sobre a transformação vivida pelo setor habitacional em Alagoas.
“A porta que hoje está aberta à participação da população se manteve fechada durante décadas. Os governos anteriores não se preocupavam em ouvir os movimentos, em saber das nossas necessidades, dos nossos anseios”, relatou a presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) em Alagoas, Eliane da Silva, que participou de um encontro com 120 lideranças comunitárias de Maceió nessa terça-feira (18).
Há sete anos, a postura mudou, segundo a presidente do MNLM. “Em 2007, a Secretaria de Infraestrutura criou um diálogo com os movimentos sociais. As necessidades das famílias que precisavam de moradia passaram a ser prioridade. A secretaria abriu espaço para que a gente participasse de todos os processos e acompanhasse tudo dentro da Seinfra”, afirmou Eliane.
A líder comunitária Vera Lúcia Ambrósio, do Benedito Bentes, é uma das pessoas que testemunharam a transformação vivida no estado. Há mais de dez anos, ela participou da luta pelo conjunto Denisson Menezes e nos últimos meses acompanhou a construção do residencial José Aprígio Vilela. “Naquela época, o pessoal batalhava muito para conseguir a casa própria. Para eles, não havia boas perspectivas”, contou. “Há alguns anos as coisas mudaram e nós conseguimos um canal de negociação muito bom com a Seinfra. A secretaria entendeu que o movimento não era de baderna”, afirmou Vera.
De acordo com a militante Eliane da Silva, a participação da população não se restringiu ao programa habitacional do estado. As melhorias no abastecimento de água, com obras como novas adutoras e o Canal do Sertão, e a recuperação e construção de estradas também contaram com a voz do povo. “Tudo melhorou, a situação da infraestrutura em Alagoas mudou completamente. E esse avanço foi construído junto com os movimentos sociais”.

50 mil novas casas – Alagoas, que atinge até o final do ano a marca de 50 mil novas moradias construídas, vem se mantendo desde 2010 entre os primeiros colocados no ranking de contratações pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
No Nordeste, o estado teve a 3ª maior redução de déficit habitacional, segundo pesquisa divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no fim do ano passado. A redução do déficit em Alagoas foi de 17,4% nos últimos cinco anos, atrás apenas da Bahia (18,7%) e do Piauí (27,8%).
Marco Fireman, que foi secretário da Infraestrutura durante sete anos e é presidente do PSDB Maceió, participou do encontro e destacou o sucesso do programa habitacional de Alagoas. “Nosso êxito, que já foi reconhecido nacionalmente, passa pelo diálogo aberto com os movimentos sociais e pelo combate sério ao déficit habitacional no estado”, declarou.