“Os maiores avanços na Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas são o espaço e o respeito conquistados entre parceiros da iniciativa privada e instituições públicas, além de ter ganho o status de área estratégica para o governo como ferramenta no desenvolvimento do Estado com investimentos e apoio aos projetos e programas da secretaria”. A afirmação é do secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Eduardo Setton, sobre o balanço do desempenho da Secti em 2013, apresentado esta semana.
Setton destaca ainda a integração efetiva entre academia (universidades e demais instituições de ensino), governo e setor produtivo. “A estrada está pavimentada com novo formato institucional, planejamento, gestão, projetos e ações específicas integradas e compartilhadas”, observa.
Um passo importante no fortalecimento do setor de C&T no ano passado foi a criação do Instituto Parque Tecnológico de Alagoas, um importante passo entre os projetos estruturantes implementados pelo governo, através da Secti. O Instituto fará a gestão dos polos agroalimentares de Arapiraca e Batalha, e de Tecnologia da Informação, Comunicação e Serviços (TICS), em Maceió.
O parque também tem a missão de ser ferramenta para gestão da inovação em Alagoas, integrando governo, academia e iniciativa privada, sempre com o olhar no desenvolvimento social e econômico sustentável do Estado.
Entre estas ações estão a articulação e o estímulo a editais na área de inovação, como o Tecnova, investimento do Governo Federal e de Alagoas através da Fapeal, que destina R$ 8 milhões para projetos em pequenas e microempresas; o Inovacred, linha de crédito do Ministério da CT&I disponibilizada pela Desenvolve, que disponibiliza recursos de até R$ 80 milhões para empresas de qualquer setor cujo faturamento seja de até R$ 16 milhões ao ano.
Em 2013, a secretaria também consolidou o Polo de Tecnologia da Informação, Comunicação e Serviços (TICS) com um trabalho efetivo de apoio às Micro e Pequenas Empresas do setor e suporte inédito no Estado aos empreendedores digitais e às startups.
Com iniciativas relevantes, o Polo de TICs contribuiu para o fortalecimento das startups através da realização de eventos especializados em revelar talentos inovadores como o Demoday Alagoas e o Startup Weekend Maceió, a participação no RioInfo 2013, maior encontro de TI do Brasil, o apoio a viagens nacionais e internacionais para apresentação de projetos. Essas ações representaram investimento de cerca de meio milhão de reais, incluindo a capacitação para empreendedores participarem de editais e dos eventos.
De acordo com Eduardo Setton, nunca houve tanto investimento governamental para startups no Estado como os que ocorreram em 2013. “Isso contribuiu para que Alagoas despontasse no cenário internacional e nacional com projetos pioneiros e inovadores que deram destaque para o empreendedorismo digital, a exemplo da plataforma Hand Talk, que traduz o português para Libras, considerado pela Organização das Nações Unidas o melhor aplicativo de responsabilidade social do mundo”, relata o secretário.
Setton também destaca o reconhecimento no RioInfo 2013, onde Alagoas conquistou dois importantes prêmios, com os projetos CrowdMobi, aplicativo que mede a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de telefonia celular, e TraktoPro, soluções criativas para elaboração de orçamento de projetos em várias áreas profissionais em cinco minutos.
Para este ano, um dos grandes marcos da pasta será a construção do prédio do Polo de TICS, no Jaraguá. A previsão é que as obras iniciem em março de 2014 com um aporte de mais R$ 15 milhões do Governo de Alagoas. Outra novidade importante já no início do ano é a inauguração de polos em duas importantes regiões do Estado. Em fevereiro, as cidades de Batalha e Arapiraca vão ganhar investimentos tecnológicos com a abertura de polos agroalimentares.
O polo de Arapiraca vai fomentar a pesquisa e o desenvolvimento para a cadeia produtiva da região, especialmente a mandiocultura e hortifruticultura. Já o polo de Batalha vai trabalhar junto aos produtores de leite e derivados com o objetivo de melhorar a qualidade e a capacidade da produção.
As duas obras custaram R$ 12 milhões, numa parceria do Governo Federal, através da Finep, e o Governo de Alagoas, que, mais uma vez, fez a opção de investir nas MPEs e nos produtores rurais como ação complementar a um dos eixos centrais de desenvolvimento que é o Canal do Sertão.