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Estratégia de atendimento às vítimas da boate Kiss é apresentada durante Jornada do HGE

No dia 27 de janeiro de 2014 completa um ano do segundo maior acidente registrado no Brasil, que vitimou mais de 500 pessoas, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul (RS). A ocorrência, que causou comoção no País, foi responsável pela maior mobilização de profissionais de diversos setores e voluntários, que se uniram para salvar vidas e prestar assistência às famílias.
O coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do RS, Luciano Eifler, que esteve à frente de toda operação, participou nesta quinta-feira (12) da 3ª Jornada Científica, promovida pelo Hospital Geral do Estado (HGE).
Na oportunidade, ele apresentou a estratégia utilizada pelos socorristas para atender as vítimas da tragédia, ressaltando a importância da prevenção e capacitação dos profissionais de saúde, segurança e outros setores.
O cenário visto pelo coordenador no dia do acidente era de terror, gritaria, correria e pessoas tentando ajudar de todas as formas aos feridos, que estavam na fatídica madrugada de 27 de janeiro, na boate Kiss, onde fagulhas de fogos de artifício provocaram um incêndio de grandes proporções. “Em meio à confusão, manter a calma e tranquilidade foi fundamental para prestar o socorro às vítimas”, afirmou.
Luciano Eifler disse que a ajuda dos profissionais de saúde e voluntários foi fundamental durante a ação de resgate, como também o envolvimento dos gestores públicos das esferas federal, estadual e municipal, que se uniram e possibilitaram que à assistência aos feridos ocorresse de forma rápida.
Ao contrário de outros países, o Brasil não tem registro frequente de acidentes de grandes proporções como o da boate Kiss e do Gran Circus Norte – Americano ocorrido em 1961, em Niterói (Rio de Janeiro), deixando mortos e feridos. Geralmente, o que acontece praticamente todos os anos são as chuvas, que causam desabamentos, enxurradas e mortes.
Para que todos estejam preparados para acidentes em massa, Eifler afirmou que é essencial investir em prevenção, qualificação de pessoal das áreas de saúde, segurança e outros segmentos, como também, promover o aparelhamento dos órgãos, unidades hospitalares e a realização de simulados.
A cadeia para socorrer as vítimas contou também com a participação de profissionais de outras instituições hospitalares brasileiras e outros países como Argentina, Estados Unidos e Canadá, que através de videoconferências discutiam os protocolos de assistência. “Com a tragédia, ficou a lição de que as casas de show precisam ter um Plano de Prevenção de Incêndio, leitos de retaguarda, recursos e entrosamento entre os gestores”, afirmou o coordenador.
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