Cidades
Exposição de aparelhos antigos marca o Dia do Rádio na capital
A época é da internet. As redes sociais dominam a comunicação humana, mas é o velho rádio – companheiro antigo do homem – que por algumas horas chamou a atenção de quem passou pelo calçadão da Rua do Comércio.
A exposição foi para marcar 25 de setembro quando se comemora o Dia do Rádio e do aniversário de Roquete Pinto, patrono da radiodifusão brasileira. Rádios como o valvulado Philips – conhecido como rabo quente – de origem holandesa, fez a alegria de muita gente nos anos 50. Esse rádio é um dos destaques da exposição. São 40 equipamentos da coleção particular de Manoel Feitosa de Lucena, conhecido como Manoel do Rádio. “Comecei a colecionar há 20 anos. Escutava rádio desde os 14 anos e nunca mais me separei deles”, contou Manoel.
“Quase todos os meus rádios estão aqui. Alguns estão em casa, sendo recuperados; todos eles funcionam e não tem preço. Tem gente que chega e quer comprar, mas não vendo não”, avisou o colecionador.
Manoel não tem peças raras, como os equipamentos de madeira do início do século XX – porém é significativa. Além de alguns rádios valvulados é possível conhecer algumas radiolas – equipamentos que também tocavam discos – e rádios portáteis, já equipados com os modernos transistores.
O rádio AM Evadim MIT, famoso nos anos 60, é um dos modelos mostrados na exposição. Inseparável dos torcedores fanáticos nos estádios de futebol, os pequenos portáteis foram amigos de todas as horas de seguidas gerações e ganhou até um apelido carinhoso: consola corno.
Uma curiosidade da exposição é um motorrádio original de uma utilitária Rural, veículo fabricado pelo Willys, comprada depois pela Ford, na década de 50 até a década de 70. “Comprei numa loja que estava fechando. Nunca foi usado, está novo em folha”, revelou Manoel.
Carlos Freire de Araújo, de 80 anos, foi atraído pela exposição onde lembrou de histórias e dos programas veiculados nos rádios. “Viajava para São Paulo, onde comprava rádios da marca Nord-Som, movidos a pilha e a eletricidade. Comprava por seis cruzeiros e vendia aqui por 12”, contou.
Carlos lembrou de uma notícia ouvida pela Rádio Difusora de Alagoas quando estava no interior. “No dia 13 de setembro de 1957 soubemos do tiroteio na Assembleia Legislativa, no qual mataram o deputado Humberto Mendes, pelo rádio. Era é o veículo mais importante daquela época”, observou.
O radialista e jornalista Bartolomeu Dresch, destaca que o rádio ainda é o veículo de massa que chega a todos os cantos do país. “Veja na Amazônia, em muitos lugares o rádio é a única ligação do homem com o mundo. Quanto mais a tecnologia avança mais o rádio se valoriza”.
Dresch começou a trabalhar no rádio em 1984, na Rádio Difusora, e nunca mais saiu do ramo. “É algo que envolve muito. Tenho rádios em vários lugares da casa. Tenho o hábito de ouvir rádio e isso é muito bom”, acrescentou.
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