Geral

Rogério Gomes

02/08/2012

  Os estudos arqueológicos e palearqueológicos têm demonstrado que a primeira forma de comunicação humana, anterior à escrita e, quem sabe, ao domínio da linguagem oral, ocorreu através dos traços que, esculpidos em rochas e cavernas, remetem à atualidade os pensamentos, anseios e condições de vida de nossos ancestrais. Os achados rupestres apontam o desenho, a pintura e as esculturas como expressões artísticas capazes de sensibilizar e criar ilações de pensamentos entre os seres das mais remotas eras e variadas origens raciais.

Rogério Henrique Ferreira Gomes nasceu em Maceió, no exato dia em que se comemorava a emancipação política do Estado. Seus pais, Pedro e Dulce Ferreira Gomes, devem ter estimulado o pendor artístico de seus filhos já que Esdras, o segundo, brilha nas artes gráficas, nos bicos de pena com que tem ilustrado dezenas de livros e revistas e em várias áreas da publicidade. O primogênito, cedo descobriu o encanto das cores e começou a pintar.
Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas, especializou-se em lingüística, em São Paulo, e pós graduou-se, a nível de Mestrado, em Educação, na Universidade Federal da Baía. Professor da UFAL, fundou e dirige a Pinacoteca Universitária onde sua presença é estímulo e incentivo para o surgimento de novas vocações. Curador do Museu de Artes Sacras, na capital, e do Memorial Raimundo Marinho, em Penedo é ainda Consultor da Revista Ventura, dedicada às artes e editada no Rio de Janeiro.
Ao lado de Jenyra, parceira de jornada e musa inspiradora, tem percorrido variados caminhos na perseguição e aprimoramento de suas tendências criadoras, dedicando a vida, por assim dizer, em fixar para a posteridade os frutos de seu inconteste talento.
Pintor, desenhista e escultor, tem várias obras reconhecidas e premiadas no Rio de Janeiro e em Brasília, além das muitas vitórias obtidas em amostras locais, como a Medalha de Ouro, no grau de Melhor Artista do ano de 1982, concedida pela Secretaria de Educação do Estado. Desde 1971, já participou de meia centena de exposições, coletivas e individuais  em vários estados, do norte ao sul do Brasil, como também na Argentina, Itália, Alemanha, Grécia, Inglaterra e Estados Unidos.
Comprovando a importância de sua obra para a arte contemporânea, trabalhos seus integram, hoje, acervos e coleções mundialmente reconhecidas, como as Fundações Nacional de Arte e do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; Museu de Arte Contemporânea, em Pernambuco; Coleção Vogt Berlim, na Alemanha; Instituto Latino Americano e Museu Sant´ Egídio, na Itália; Museu of Fine Arts e Galeria Neuhoff, nos Estados Unidos, Coleção do Porto, em Portugal, além de muitos outros.
Rogério Gomes, na simplicidade de suas maneiras e na modéstia dos gestos e palavras, esconde o talento imenso que possui e que as gerações futuras julgarão com a isenção que a distância oferece para imortalizarmos os verdadeiros talentos.