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Agricultura vai repassar 40 mil mudas de palma resistente à praga

06/07/2012
Agricultores dos municípios onde foram identificados focos da cochonilha do carmin vão receber 40 mil raquetes – mudas – de palma resistente à praga. O material é da variedade palma miúda e será repassado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) aos produtores e à Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).

O objetivo é substituir gradativamente a palma das áreas atingidas pela palma da variedade miúda, a partir da multiplicação que será feita pelos produtores, com orientação da Seagri e da Adeal.

“Essa iniciativa é importante para garantir a produção de leite do Médio e do Alto Sertão e, assim, garantir renda para milhares de famílias, tendo em vista que a palma forrageira é a base da alimentação do gado”, frisou o secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior. “Temos como determinação do governador Teotonio Vilela apoiar a atividade leiteira, que é uma vocação de Alagoas, por isso trabalhamos em parceria com a Adeal e executamos outros programas, como o Alagoas Mais Leite”, reforçou Marinho.

A assistência técnica voltada para a melhoria da produção de forragens, com ênfase na inovação tecnológica, também faz parte do projeto estruturante da Seagri no Programa Alagoas Tem Pressa. Os municípios que vão receber as raquetes da palma miúda são Ouro Branco, Canapi, Maravilha, Mata Grande, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema.

Segundo o engenheiro agrônomo Fernando Gomes, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento Rural (Dipap) da Seagri, a palma miúda deve ser plantada nos locais onde foram identificados os focos da cochonilha. “Mesmo a palma infectada pode ser servida aos animais, não há problema. O maior prejuízo é em relação ao desenvolvimento e produtividade da planta, ou seja, a cochonilha danifica a palma e o agricultor não vai obter uma produção suficiente para seus animais”, explicou.

De acordo com ele, a palma miúda é multiplicada na Estação Experimental de Pesquisa da Seagri em Santana do Ipanema e no Parque de Exposições de Batalha. “Vamos ampliar nossa área de produção de palma resistente com mais três hectares”, destacou.