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Saúde realiza oficina sobre o diagnóstico e tratamento da hanseníase

31/05/2012

  Uma das doenças mais antigas no mundo, a hanseníase será tema nesta sexta-feira (1º) de Oficina de Atualização.  A iniciativa, que será destinada aos médicos e enfermeiros das unidades de referência, contará com a participação de técnicos da Secretaria de Estado da  Saúde. Durante a ação, será discutido o diagnóstico, que deve ocorrer no início,  e tratamento da doença até a cura. Oficina será realizada no Maceió Mar Hotel  das 8h às 17h.

Por ano, conforme destacou a diretora de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, são registrados 400 novos casos. Número que está dentro do preconizado pelo Ministério da Saúde. “O maior problema encontrado em Alagoas é a identificação precoce para evitar as formas mais avançadas da doença e a cura”, afirmou a diretora. 
A identificação realizada ao aparecimento dos primeiros sinais é fundamental, segundo explicou Cleide Moreira, porque facilitará a cura e, impedirá que o portador de hanseníase desenvolva as formas mais graves, que pode levar à incapacidade física. E, também, possibilitará a vigilância dos contatos, uma vez que a transmissão ocorre por vias respiratórias e por isso é  importante que as pessoas  que têm contato com o doente sejam monitorados.
O evento contará com palestra da médica Ângela Pomini, que falará sobre a situação epidemiológica da hanseníase em Alagoas. Em seguida, haverá exposição sobre manejo e tratamento das reações hanseníase e casos suspeitos, com o dermatologista Egon Luiz Rodrigues e discussões dos casos clínicos.
Com período de incubação, que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.
Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.