Geral
Técnicos discutem ações para implantação do programa Crack: É Possível Vencer
As discussões contaram com a participação de diversas secretarias do Governo do Estado e da Prefeitura de Maceió. Na oportunidade, foram debatidas a ampliação e a adequação da rede de saúde mental às metas do plano criado pelo Governo Federal. Um dos pontos foi a expansão dos serviços, com o aumento dos leitos nos hospitais, das unidades de acolhimento e, em especial, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Segundo o gerente de Núcleo de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Gensam/Sesau), Berto Gonçalo, um dos objetivos é qualificar os centros para que eles funcionem 24 horas. Atualmente eles funcionam oito horas e a ideia é transformá-los em Caps AD [Álcool e Drogas] III, que funcionam durante todo o dia, fazendo com que eles sejam a porta de entrada do programa, recebendo os pacientes e servindo de referência, disse.
Ele acrescenta que, para isso, é necessária a pactuação junto aos gestores municipais, responsáveis pelas unidades. O gerente afirma que a mudança já foi acordada com a capital alagoana, que deve ganhar dois desses centros. Outra mudança discutida é a adaptação da unidade de acolhimento mantida pela Sesau e pela Sepaz na Praça Sinimbu em um Caps estadual, que funcionaria como regulador da demanda de dependentes químicos.
Além disso, o programa Crack: É Possível Vencer prevê ainda a ampliação de outros serviços na área de saúde. A meta é que, até o final do ano, tenhamos mais 20 unidades de acolhimento em todo o Estado e mais 60 leitos, a maioria no Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo. Também está no cronograma, que estamos discutindo, a reordenação de toda a rede de atenção, afirmou o secretário da Paz, Jardel Aderico.
Visitas
Nesta quinta-feira (12), os técnicos do Ministério da Saúde visitam os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas das cidades de Maceió, Arapiraca e Palmeira dos Índios estes dois últimos também com capacidade para se tornarem 24 horas a depender da pactuação com os gestores locais. O objetivo é conhecer o atendimento e a estrutura já em funcionamento e ver a possibilidade de realizar a mudança.
O gerente de Núcleo de Saúde Mental da Sesau ressalta que outras cidades poderão ganhar Caps. Nos municípios que não tiverem população suficiente, poderá ser montado um Caps regionalizado para atender os circunvizinhos, já que a ideia é que esses espaços sejam mesmo uma referência, lembrou Berto Gonçalo, acrescentando que serviços como o Programa de Saúde da Família também terão que ser ampliados.
A agenda da comitiva do MS em Alagoas prossegue ainda na sexta-feira (13), com uma reunião com a coordenação de Saúde Mental do Estado. O encontro acontece às 9h, na sede do Gensam, e pretende aprofundar a discussão sobre as questões operacionais do programa, em especial as planilhas de trabalho para a Secretaria da Saúde, os prazos e as etapas a serem cumpridas.
Os encaminhamentos têm sido bons com o Estado. Agora estamos na fase de definições. Temos contado muito com a Sesau e com a Sepaz e podemos dizer que tudo está correndo muito bem. O Governo tem cumprido o que foi estabelecido, expôs a técnica da área de Saúde Mental do MS, Marcela Lucena, que está na capital acompanhada dos servidores Ana Carolina Conceição, Cláudio Barreiros e Rosane Gomes.
Participaram da reunião desta quarta-feira técnicos das Secretarias de Estado da Saúde, da Paz, da Defesa Social (Seds), da Educação e do Esporte (SEE) e da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), além das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), de Assistência Social e de Defesa de Maceió e de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
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