Internacional
Homem mata namorada esfaqueada na frente da mãe na Itália
Anna Tagliaferri engrossou triste lista de feminicídios no país
Uma mulher de 40 anos se tornou mais uma na longa lista de vítimas assassinadas por ex ou atuais parceiros na Itália, país que acaba de aprovar uma lei que tipifica o crime de feminicídio e estabelece pena de prisão perpétua para homicídios motivados por violência de gênero.
A empreendedora Anna Tagliaferri foi esfaqueada pelo menos seis vezes pelo companheiro Diego Di Domenico, também de 40 anos, na tarde do último domingo (21), no apartamento que os dois dividiam em Cava de' Tirreni, no sul italiano.
O assassinato ocorreu diante dos olhos da mãe de Anna, que tentou proteger a filha e também foi atingida por Di Domenico. A mulher de 75 anos foi levada a um hospital e passou por uma cirurgia, mas não corre risco de morte.
Já o agressor se atirou do telhado do prédio após o crime e morreu no local, e a polícia agora aguarda a recuperação da mãe de Anna para tentar entender o que teria motivado o feminicídio, já que não foi encontrado nenhum bilhete ou carta que possa explicar o crime.
A vítima era conhecida e estimada em Cava de' Tirreni, onde administrava uma confeitaria herdada do pai já falecido, a ponto de o prefeito Vincenzo Servalli suspender todas as atividades natalinas que estavam programadas para os próximos dias.
"Nossa cidade está terrivelmente silenciosa. Estamos todos chocados e ainda incrédulos, nunca respiramos uma atmosfera tão surreal e dolorosa", declarou Servalli à ANSA. Há cerca de um mês, Anna chegou a ser condecorada pelo prefeito por conta de seu trabalho na confeitaria, cerimônia que teve a presença de Di Domenico.
"Ninguém tinha notícia de problemas ou crises no casal, e não me parece que Anna tenha pedido ajuda ou conselhos por episódios de violência", salientou.
Há apenas cinco dias, entrou em vigor na Itália a lei que tipifica o feminicídio no Código Penal do país e estabelece pena de prisão perpétua para homicídios contra mulheres motivados por ódio e discriminação de gênero ou com o objetivo de suprimir a liberdade da vítima.
Até então, esses assassinatos eram tratados pela Justiça como homicídio comum, que também é passível de prisão perpétua, mas que pode ser punido com penas menores.
"É um massacre sem fim. Cada feminicídio representa uma falha coletiva. Meus sinceros pêsames à família da vítima, especialmente à sua mãe, que também ficou ferida, e à comunidade de Cava de' Tirreni", disse a senadora Anna Bilotti, do Movimento 5 Estrelas, membro da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Feminicídio e Violência de Gênero.
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