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Petróleo recua quase 3% após sequência de ganhos e liquidez reduzida
Cotações do WTI e Brent caem, mesmo com tensões geopolíticas e bloqueios, em semana de ajustes pós-Natal.
O petróleo encerrou a sexta-feira em queda de quase 3%, em um pregão marcado por ajustes após uma série de altas recentes e por liquidez reduzida no período pós-Natal, apesar da manutenção das tensões geopolíticas.
O barril do WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 2,76% (US$ 1,61), fechando a US$ 56,74. Já o Brent para março, na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 2,52% (US$ 1,56), encerrando a US$ 60,24. Na semana, o WTI acumulou alta de 0,38%, enquanto o Brent teve queda de 0,38%.
O mercado seguiu atento à apreensão de navios petroleiros pelos Estados Unidos na região da Venezuela e acompanhou com cautela os desdobramentos das negociações por um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Segundo o site Axios, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deve se reunir com Donald Trump no domingo para discutir avanços em busca de um cessar-fogo com a Rússia. Caso os russos aceitem um cessar-fogo de pelo menos 60 dias, Zelensky pode submeter o plano a referendo popular.
Paralelamente, Moscou e Washington estariam próximas de um entendimento sobre o conflito no Leste Europeu, conforme declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Ryabkov. O Kremlin classificou as ações militares dos EUA no Caribe, que têm como alvo a Venezuela, como "pirataria" e "bandidagem".
De acordo com o BOK Financial, o bloqueio venezuelano e o aumento da demanda por viagens no fim do ano favorecem o petróleo, enquanto o elevado armazenamento global e o avanço nas negociações entre Ucrânia e Rússia pressionam para baixo. "Embora o bloqueio dos EUA tenha aumentado a pressão sobre a Venezuela, o impacto global nos preços do petróleo parece mínimo neste momento", avalia a instituição.
No Oriente Médio, as tensões também marcaram o pregão, com Israel anunciando ataques contra alvos do Hezbollah no Líbano e o Irã apreendendo um navio com cerca de 4 milhões de litros de combustível contrabandeado no Golfo Pérsico.
Com informações da Dow Jones Newswires.
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