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Ouro e prata ampliam rali e fecham em alta; platina e paládio saltam cerca de 10%
Metais preciosos registram fortes ganhos em meio a tensões geopolíticas e perspectivas de cortes de juros nos EUA
O ouro acelerou o rali e fechou em alta nesta sexta-feira, 26, em sessão de liquidez reduzida, sustentado pela busca por proteção diante da intensificação das tensões geopolíticas e da expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos em 2026. O movimento impulsionou também os demais metais preciosos, com destaque para os ganhos expressivos da platina e do paládio.
Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro encerrou em alta de 1,11%, a US$ 4.552,70 por onça-troy. A prata para março avançou 7,69%, a US$ 77,196 por onça-troy. Enquanto isso, a platina para janeiro registrou salto de quase 10%, fechando a US$ 2.471,40 por onça-troy, e o paládio para março disparou 12%, a US$ 2.014,80 por onça-troy. Ambos chegaram a atingir máximas de US$ 2.503,00 e US$ 2.031,50 no pregão, respectivamente.
O mercado reagiu a novos focos de instabilidade internacional, como as tensões na Venezuela, operações militares dos EUA contra o Estado Islâmico na Nigéria e sanções cruzadas entre Washington e Pequim. Segundo relatório da XTB MENA, esse ambiente segue sustentando a demanda por ouro.
Durante a semana, a analista sênior do Swissquote, Ipek Ozkardeskaya, afirmou que eventuais correções nos preços do ouro e da prata seriam "saudáveis" no curto prazo. Para a gestora Schroders, o cenário segue favorável ao ouro, que permanece como opção de diversificação diante das incertezas fiscais e políticas nos EUA e dos crescentes questionamentos sobre o papel de longo prazo dos Treasuries e do dólar. Já a Exness destaca que, apesar da expectativa de manutenção dos juros na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), ao menos dois cortes são previstos para 2026, o que beneficia os metais preciosos.
A força recente do ouro também reflete tendências estruturais de demanda. Segundo a Broadcast, o metal vem ganhando espaço como reserva de segurança na China, com aumento do fluxo para ETFs, o que reforça o suporte ao mercado em um cenário global de incerteza.
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