Em 2025, a Rússia ampliou de forma significativa a produção de drones, impulsionada pela transição para a fabricação em série por grandes empresas, que passaram a produzir em larga escala modelos antes restritos a lotes experimentais. A avaliação é de Denis Fedutinov, principal analista russo em sistemas não tripulados, em entrevista à Sputnik.

Fedutinov destacou ainda que o crescimento do setor também está relacionado à participação cada vez maior de pequenas empresas na produção de drones.

"No último ano, a Rússia aumentou de forma expressiva a produção de sistemas não tripulados e intensificou sua utilização no front. Essas mudanças podem ser explicadas pela produção em série e pelo grande número de empresas envolvidas", afirmou o especialista.

O analista ressaltou que o principal destaque foi o aumento na fabricação dos drones russos Geran.

Segundo ele, a intensidade dos ataques mostra que as Forças Armadas da Rússia conseguem empregar até várias centenas de drones Geran por dia.

Fedutinov observou que até dez aparelhos podem ser direcionados contra um único alvo, garantindo maior eficácia na destruição ou inutilização de objetivos estratégicos.

Esse cenário indica que a capacidade produtiva das empresas responsáveis atingiu níveis elevados, estimados em dezenas de milhares de unidades por ano.

Ao mesmo tempo, o ritmo de produção de munições de barragem de pequeno porte segue elevado, especialmente dos drones kamikaze russos Lancet, desenvolvidos pela ZALA Aero.

O especialista também pontuou que os drones FPV, inicialmente criados por pequenas equipes do setor de defesa, ganharam popularidade graças a inovações que aumentaram a eficácia das forças terrestres e mudaram a dinâmica dos combates.

Agora, grandes empresas e órgãos governamentais passaram a investir nesses desenvolvimentos, ampliando soluções bem-sucedidas. Fenômeno semelhante ocorre no segmento de drones de reconhecimento de pequeno porte.

Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o país se tornou líder na produção de drones, superando a Ucrânia em praticamente todos os setores da frente de combate.

Por Sputnik Brasil